O desenvolvimento de um país passa pela melhoria da qualidade de vida de toda população, por educação, saúde e segurança boas ou excelentes, por um sistema jurídico estável, pelas liberdades individuais respeitadas, por um ambiente de negócios que gere renda e emprego crescentes, com respeito ao meio ambiente e que o sistema de governo não seja uma ditadura, moeda forte e estável, entre alguns outros pontos importantes.
Para ser desenvolvido, esse país precisou passar por, no mínimo, algumas situações específicas quanto a sua área econômica. São elas:
– Crescimento econômico pujante e persistente;
– Boa repartição da renda e da riqueza;
– Estabilidade econômica e política.
Estados Unidos, grande parte da Europa e alguns outros poucos países podem ser ditos desenvolvidos porque tiveram essas condições bem alicerçadas ao longo do tempo e conseguiram construir essa realidade baseadas em muito esforço e planejamento.
Venho dizendo nesse espaço há muito tempo que nosso país ainda não atingiu um bom nível de qualidade de vida a todos por não possuir, ao longo do tempo, muitas das variáveis acima citadas que construiriam esse nível tão almejado por todos.
Uma das principais razões para não termos chegado lá é a falta de visão estratégica de país, uma espécie de plano de desenvolvimento pois temos ainda uma importância muito grande da classe política que, na maioria das vezes, age e pensa somente no curto prazo, pensando quase sempre na próxima eleição somente, pouco importando 5-10 anos à frente.
O Brasil está no escuro.
– Não há plano de desenvolvimento que sinalize um futuro melhor;
– O futuro é da inovação e da tecnologia; o Brasil está muito longe disso;
– O país participa pouco do comércio internacional;
– Educação não é prioridade além dos discursos;
– O país está escolhendo “lados errados” na geopolítica mundial aproximando-se perigosamente de China, Irã, Rússia, Venezuela e alguns outros países com ditaduras;
– Não há planos regionais que construam um melhor futuro baseado nas potencialidades estaduais e, ao mesmo tempo, englobe suas diferenças;
– Visão míope dos governantes que querem sempre pautar detalhes pequenos para se livrar das responsabilidades mais amplas do futuro ( o caso das jóias, carteira de vacinação, quem vai ser o candidato em 2026, nós e eles, taxa de juros, influir na Argentina, Venezuela, sempre tem um assunto “menor” para desviar a atenção).
Atuais governantes sempre pautam questões que fazem barulho na grande mídia pois enquanto o povo está hipnotizado por essas situações menores, ninguém cobra que haja um futuro melhor para todos baseado em planejamento, liberdades, crescimento econômico, melhor repartição da renda e estabilidade econômica.
Já escrevi no começo desse ano que as coisas não andariam bem. O Brasil está quase parando.
Pense nisso e sucesso.