Essencial em todas as residências, o gás de cozinha deve ser utilizado conforme as recomendações técnicas
No dia a dia da rotina doméstica, principalmente na hora de preparar as refeições, os botijões podem passar despercebidos. Afinal, só reparamos neles quando acaba o gás. No entanto, é essencial estar atento ao manuseio.
Um detalhe que, apesar de parecer muito simples, se utilizado de maneira inadequada pode provocar grandes acidentes. Isso porque esses vasos de pressão, construídos para acondicionar e transportar gases, possuem uma grande compressão e, a qualquer impacto ou descuido, o perigo pode ser enorme.
O Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves alerta que a forma correta de instalação é longe de tomadas, interruptores e instalações elétricas, de ralos, grelhas ou canaletas de escoamento de água. “O gás GLP pesa mais que o ar, assim, em caso de vazamento, o gás pode se infiltrar em seu interior, acumulando-se e explodir”, verifica o sargento Pablo “Guerra” Maria.
O comerciante Carlos Alberto Cainelli, da empresa de distribuição de gás Cainelli, faz um destaque sobre o uso da mangueira. “Uma das situações mais perigosas encontradas é a instalação passando atrás do forno do fogão. Isso pode causar vazamento devido ao calor que é capaz de danificar o plástico da mangueira”, explica. Ainda, segundo ele, a troca deve ser feita a cada cinco anos e tem de conter a inscrição/aprovação do Inmetro e a data de validade.
Uma das situações mais perigosas encontradas é a instalação passando atrás do forno do fogão.
Carlos Alberto Cainelli, proprietário de distribuidora de gás
Cainelli menciona que, felizmente, os consumidores instalam o botijão de maneira correta. “A maioria tem consciência quanto aos riscos que o produto representa e utiliza equipamentos adequados nas instalações de gás”, sublinha.
Alerta ao uso do fogareiro
O sargento Guerra exemplifica que é muito comum as pessoas utilizarem o botijão com o fogareiro para fazer algum alimento. Assim, liberam a válvula de segurança, fazendo com que suba uma chama mais forte. “Em determinada ocorrência, um senhor estava fazendo a ‘famosa’ chimia e super aqueceu a válvula de alívio de segurança. Ele estava no porão de casa e ao tentar retirar o botijão do local, teve queimaduras de primeiro e segundo graus. Mais um princípio de incêndio, pois o material que possuía no espaço era muito inflamável, como tintas. Neste caso, a pessoa foi hospitalizada e teve queima parcial de parte da residência”, acautela.