Joaquim Gehlen Fronza, de oito anos, conquistou oitavo lugar na categoria Cadete, destinada a pilotos entre oito e 12 anos
O jovem piloto bento-gonçalvense Joaquim Gehlen Fronza, de apenas oito anos, fez história ao conquistar o oitavo lugar na primeira etapa do 1º Campeonato Sul-Americano de Kart 4 Tempos na categoria Cadete. A competição, realizada no Autódromo Victor Borrat Fabini – El Pinar, em Ciudad de la Costa, Canelones, no Uruguai, ocorreu entre os dias 13 e 16 de fevereiro e reuniu diversos pilotos do continente para disputar as categorias Cadete, F4 Júnior, F4 Sênior, F4 Master e Shifter 200.
Fronza competiu na categoria Cadete, enfrentando pilotos mais velhos e experientes, o que tornou sua participação ainda mais desafiadora. “Competir em uma categoria acima da minha experiência e idade é sempre um desafio. Em um campeonato como o Sul-Americano, que reúne praticamente três categorias – Mirim, Cadete e Júnior Menor – com pilotos de até 12 anos, nos faz entender que estamos no caminho certo. Para evoluir, é necessário sempre competir com os melhores e mais experientes pilotos”, destaca.
A estreia internacional trouxe aprendizados valiosos para o jovem atleta. O desafio de competir fora do Brasil envolveu diversas adaptações, desde o equipamento até as condições da pista. “A busca por novos desafios e experiência fora do Brasil foi um dos motivos que nos levou a participar. Competir com kart em pista de autódromo é muito diferente, as referências de pista mudam muito, o grip do kart, a libra dos pneus, a posição do banco, tudo muda. Mas, depois que a gente começa a entender, fica especial”, conta Fronza.
Mesmo com dificuldades iniciais, o piloto demonstrou resiliência e evolução ao longo da competição. “No primeiro dia, foi bem difícil. Não conhecia meu equipamento e estávamos nos adaptando. Tive um incidente com um colega de pista, mas foram apenas danos materiais, já corrigidos. Com o passar das sessões, conseguimos melhorar e entender melhor o acerto do motor, o que fez muita diferença na minha performance”, relata.
Durante as classificatórias, Joaquim mostrou seu talento ao conquistar as posições P12 e P11, chegando a andar entre os dez primeiros em vários momentos. “Nosso objetivo era andar entre os dez melhores, e conseguimos. Quem conhece essa categoria sabe o quanto é difícil competir contra pilotos de 8 a 12 anos de alto nível. Recebi muitas mensagens de apoio dos meus amigos pilotos brasileiros, e isso me deixou muito feliz”, comemora.
Com a experiência adquirida no Uruguai, Joaquim já traça planos para o futuro. “Nosso projeto é competir ao longo do ano em outros países para sentir se estamos indo pelo caminho certo. O Brasil evoluiu muito no esporte, mas ainda os pilotos procuram a Europa para criar sua carreira, e eu também penso nisso. Pretendemos buscar mais patrocínios e apoio para competir na Itália e na Espanha, focando cada vez mais no cenário europeu”, finaliza.
