Educação no trânsito

Quem costuma dirigir seu veículo nas ruas de Bento Gonçalves não precisa de muito tempo para perceber o que é a falta de educação de nossos motoristas e pedestres. Claro, não são todos, mas uma boa parte faz questão de infringir as regras de trânsito e, mais do que isso, achar que está acima da lei.

Confesso que, recentemente, pensei em tirar fotos e publicar semanalmente as imprudências que tenho visto por aí, mas acabei desistindo. O motorista não respeita a faixa de segurança. O pedestre também não. O condutor estaciona em vaga de idoso e deficiente, não paga o restacionamento na área azul e, depois de tudo isso, ainda acha que está fazendo a coisa certa. Quem anda a pé pensa que pode atravessar a rua em qualquer lugar e ainda fica bravo com o motorista que buzina para ele.

No final, na eterna queda de braço entre pedestres e motoristas, os dois estão errados.

Fundo partidário

Não gosto de falar em política neste espaço, até porque cada um sabe de suas preferências partidárias, mas é difícil ficar calado diante de tamanho absurdo. Há pouco mais de uma semana, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei orçamentária para este ano, triplicando o volume de recursos do fundo partidário – de R$ 289,5 milhões para R$ 867, 5 milhões. Um verdadeiro absurdo, principalmente pelo momento econômico do país, no qual o próprio Governo afirma que é preciso apertar o cinto.

Este é o motivo principal do empenho de deputados e senadores estarem correndo para fazer a tal reforma política, na qual o financiamento de campanha por parte das empresas seria extinto. Ou seja, nós, povo brasileiro, seremos os responsáveis por financiar a campanha política dos partidos. Pois estes milhões destinados ao fundo sairão do seu, do meu, do nosso bolso. Será uma forma limpa e discarada de evitar problemas com a Justiça Eleitoral. Simples assim, não é mesmo?

Talento x mau atendimento

Em conversa com alguns empresários do comércio, vejo que a maioria está indo bem em seus negócios. Questionei-os sobre como foram os resultados no primeiro trimestre e todos responderam que tiveram de 8% a 16%, em média, de alta. Para um momento de retração do mercado, é um bom sinal. É o chamado diferencial nos momentos de situação econômica crítica.

Estamos vivendo um período em que o consumidor estabeleceu prioridades, o que exige criatividade das empresas em fazê-lo gastar. Apesar do dinheiro escasso, quem vai às compras está ainda mais exigente. Tenho visto muitas pessoas saírem insatisfeitas de estabelecimentos comerciais, após serem tratadas de forma inadequada pelos profissionais responsáveis pelo atendimento. Muitos lojistas perdem diariamente boas oportunidades de negócios simplesmente por não treinarem adequadamente seus atendentes e pessoal em geral. Está mais do que na hora de entender que preço não é tudo.

Vida pessoal e profissional

Quem trabalha, sabe que passamos pelo menos um terço do nosso dia dedicados à vida profissional. Alguns até 12 horas ou mais por dia. Até aí, tudo bem. O problema é que alguns profissionais transformam o seu local de trabalho em uma extensão de sua casa. Isso mesmo, a empresa vira o seu segundo lugar.

Mas isto não quer dizer que a extensão é feita porque ele se sente bem no local onde trabalha, mas, sim, confunde o profissional, com o pessoal. Abrir demais a intimidade na empresa pode ser um erro fatal para quem almeja um cargo de chefia, por exemplo. Claro que, entre colegas, existe a conversa e a interação, mas o ideal é não nos expormos particularmente. Não se esqueça que na empresa, todos são avaliados o tempo todo e existe muita competitividade.

Infelizmente, em setores com muitas pessoas trabalhando, as fofocas são inevitáveis e a perda de tempo se torna algo cada vez mais perceptível. Os colaboradores gastam minutos preciosos criando estratégias para criar ou se defender de boatos e esquecem da produção, do trabalho propriamente dito. Você, empresário, sabe o tempo diário perdido por seu funcionário?