O médico legista responsável pela autópsia da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, afirmou nesta sexta-feira (27) que a jovem não sobreviveu por um período prolongado após cair no Monte Rinjani, na Indonésia. Segundo o Dr. Ida Bagus Putu Alit, a morte ocorreu em até 20 minutos após o impacto. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, onde o corpo foi examinado.

“Trabalhamos com fatos. E os fatos indicam que a vítima não sobreviveu por muito tempo depois do trauma”, disse o legista, ao comentar especulações surgidas nas redes sociais, especialmente após a divulgação de um vídeo em que Juliana parece se mover após a queda.

O laudo médico revela que Juliana sofreu um impacto severo nas costas, que provocou ferimentos graves na região torácica e uma hemorragia intensa na cavidade torácica. As lesões afetaram órgãos vitais responsáveis pela respiração. “Foi uma morte causada por violência contundente. O trauma gerou uma hemorragia significativa que levou à morte em um curto intervalo de tempo”, detalhou Alit.

Ainda segundo o médico, não foram identificados indícios de hipotermia. Juliana usava calça jeans, camiseta, luvas e tênis no momento do acidente — roupas consideradas inadequadas para as baixas temperaturas registradas em altitudes acima de 2.600 metros. No entanto, o legista destacou que não havia sinais de necrose ou danos nas extremidades, o que descartaria a morte por exposição ao frio. “Se tivesse morrido de hipotermia, veríamos sinais claros nas partes periféricas do corpo. Não havia. A causa direta foi o impacto”, concluiu.

Juliana Marins foi localizada sem vida após quatro dias desaparecida durante uma trilha no Monte Rinjani, ponto turístico localizado na ilha de Lombok. A confirmação da morte ocorreu na última terça-feira (24), e desde então o caso tem repercutido nacional e internacionalmente.