Uma partida válida pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro Feminino, realizada no último sábado, 22 de março, no Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, terminou com registro de boletim de ocorrência por assédio contra um integrante da equipe de arbitragem. O confronto entre Juventude e América-MG acabou empatado em 1 a 1, mas o jogo ficou marcado por um grave episódio extra campo.
Segundo relatos de quatro jogadoras do América-MG à Força Tática da Brigada Militar, o assistente teria feito comentários de cunho sexual antes do início da partida, utilizando um rádio comunicador. As atletas denunciaram o ocorrido ainda no local do jogo, e o caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Bento Gonçalves. A investigação será conduzida pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) a partir desta segunda-feira.
Diante da gravidade da acusação, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou o árbitro assistente no domingo, 23 de março, até a conclusão da investigação. Caso seja considerado culpado, ele poderá ser banido do quadro da entidade.
Nota oficial do América-MG
O América Futebol Clube divulgou uma nota oficial manifestando repúdio ao episódio. O clube classificou a conduta do assistente como “absolutamente inaceitável” e afirmou confiar que as autoridades competentes atuarão com rigor na apuração dos fatos.
Além disso, a diretoria do clube informou que, na segunda-feira, 24 de março, enviará um ofício à CBF relatando o ocorrido e colocando-se à disposição para colaborar com as investigações. O América-MG reforçou seu compromisso com a promoção de um ambiente esportivo respeitoso e livre de qualquer forma de violência ou discriminação.
A repercussão do caso tem mobilizado a comunidade esportiva, que cobra providências rápidas e efetivas para garantir a segurança e o respeito às atletas no futebol feminino brasileiro. A CBF ainda não se pronunciou sobre quais medidas adicionais serão adotadas para evitar casos semelhantes no futuro.