A situação da segurança pública em Bento Gonçalves se torna cada vez mais alarmante. Recentemente, dois homens, de 32 e 19 anos, foram detidos no distrito de Faria Lemos no último domingo, 15 de setembro, com armamentos de alto calibre, incluindo um fuzil AK-47 e uma espingarda calibre .12. No entanto, em uma reviravolta surpreendente, ambos foram liberados após audiência de custódia na segunda-feira, 16.
Durante a audiência, o Ministério Público havia solicitado a prisão preventiva dos acusados, argumentando a necessidade de garantir a ordem pública. No entanto, a juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, responsável pela decisão, alega que houve abuso de poder por parte dos policiais, que, segundo os presos, teriam agido de forma violenta durante a abordagem.
Os homens detidos afirmaram ter sido agredidos por policiais do 4º Batalhão de Polícia de Choque e da Companhia de Patrulhas Especiais, que estavam em operação na cidade devido a uma recente escalada de violência entre facções criminosas, que resultou em duas execuções em um curto período.
Em sua decisão, a juíza destacou a necessidade de não compactuar com abusos cometidos por agentes públicos e determinou a investigação da conduta dos policiais pela Corregedoria da Brigada Militar.
Os detidos já possuíam antecedentes criminais que incluíam crimes como tráfico de drogas, roubo e associação criminosa, e agora estão sendo investigados pela Polícia Civil em relação a possíveis vínculos com os recentes homicídios que abalaram a região.