De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego na quarta-feira, 28, Bento Gonçalves registrou um saldo positivo de 90 postos de trabalho em julho deste ano. Foram contabilizadas 2.352 admissões e 2.262 demissões na cidade.
Este é o primeiro resultado positivo desde a tragédia climática ocorrida em maio, sinalizando uma leve recuperação na oferta de empregos com carteira assinada na Capital Nacional do Vinho. Os números indicam um pequeno avanço no mercado de trabalho local.
O setor da indústria e construção apresentou os maiores saldos, com a criação de 220 e 28 postos de trabalho, respectivamente. A agropecuária também teve um desempenho positivo, gerando nove novos postos. Em contrapartida, o comércio e o setor de serviços enfrentaram perdas, com saldos negativos de 20 e 147 postos, respectivamente.
O Caged informou que, no mês passado, foram contratados 1.239 homens e 1.113 mulheres. No entanto, o número de demissões foi maior, com 1.245 homens e 1.017 mulheres sendo desligados de seus empregos. A faixa etária predominante nas contratações foi a de 18 a 24 anos, enquanto a faixa etária mais afetada por demissões foi a dos 30 a 39 anos.
Região também demonstra melhora nos números
Na região de Bento Gonçalves, a maioria dos municípios analisados demonstrou uma recuperação no mercado de trabalho em julho. Das nove cidades vizinhas, seis apresentaram um saldo positivo de empregos, enquanto apenas três registraram mais demissões do que contratações.
Carlos Barbosa, com a criação de 63 postos de trabalho, e Farroupilha, que adicionou 57 novos empregos, foram destaques positivos na área. Cotiporã e Veranópolis também mostraram resultados favoráveis, com saldos positivos de 14 e 5 postos, respectivamente. Santa Tereza, embora com um aumento modesto, registrou um saldo positivo de 1 emprego.
Caxias do Sul, com 291 novos postos, destacou-se como a cidade com o maior saldo positivo na região, refletindo uma significativa recuperação no mercado de trabalho.
Por outro lado, Garibaldi, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira enfrentaram desafios, apresentando saldos negativos de 96, 1 e 6 postos de trabalho, respectivamente. Esses municípios mostraram um balanço de demissões que superou o número de contratações, indicando dificuldades persistentes no mercado de trabalho local.
No Rio Grande do Sul, saldo também voltou a ficar positivo
Conforme o Caged, somente no mês de julho, foram registradas 129.392 admissões e 122.702 desligamentos, totalizando saldo de 6.690 postos no Rio Grande do Sul. O setor de serviços e a construção contabilizaram os maiores saldos (2.249 e 2.090, respectivamente), seguidos pelo comércio (1.344) e a indústria (1.163). No período, apenas a agropecuária apresentou saldo negativo de -156 postos.
De acordo com os dados, em julho, os municípios que apresentaram os maiores saldos positivos de empregos foram Porto Alegre, com 686 postos, seguida por Passo Fundo com 594. Cachoeirinha registrou 447 novos postos, e Gravataí ficou com 413. Pelotas teve um saldo de 358 empregos, enquanto Rio Grande alcançou 351. Taquara somou 314 novos postos, e Caxias do Sul gerou 291 empregos. São Leopoldo e Novo Hamburgo completaram a lista com 238 e 214 postos, respectivamente.
Brasil segue gerando novos postos de trabalho
A abertura de vagas formais de emprego no Brasil acelerou para 188 mil em julho. Em junho, o número havia sido de 205,9 mil postos formais. O resultado de julho é a diferença de 2,1 milhões de admissões contra 1,9 milhão de demissões.
No acumulado do ano, o resultado ficou positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho, enquanto nos últimos 12 meses o acumulado soma 1,77 milhão.