Desde que se instaurou a pandemia no Brasil, no mês de março, Bento Gonçalves, assim como outros municípios, reduziu temporariamente alguns horários de ônibus urbano, a fim de evitar aglomerações de pessoas. Na cidade operam duas empresas: Bento Transportes e Santo Antônio, sendo que uma atende centro-norte e outra centro-sul, respectivamente.

Levando-se em conta os dias úteis, antes da pandemia, em média 18.500 passageiros utilizavam o transporte público, incluindo idosos, estudantes e Pessoas com Necessidades Especiais (PNE). Após as restrições impostas pelo novo coronavírus, realizando viagens somente com pagantes, o número reduziu em 62,16%, segundo a prefeitura. Atualmente, todos os bairros de Bento são atendidos, inclusive distritos e comunidades do interior. Até nova atualização, há cerca de 70 itinerários disponíveis.

De acordo com o secretário interino de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu), Vanderlei Mesquita, houve suspensão apenas em horários de estudantes e educandários. “Ainda existem, sim, mas menos atendimentos nas mesmas linhas. Porém, as mudanças são muito dinâmicas. Para que a população tenha melhor informação sugerimos acessar os sites das empresas”, sublinha.

A Prefeitura segue fazendo estudos sobre o número de passageiros que estão utilizando as linhas no período de isolamento social, e adequando a frota. “Procuramos servir os horários de maior movimento e atender os períodos de trabalho da população e funcionamento do comércio, empresas e escolas”, enfatiza Mesquita. A medida é por tempo indeterminado e pode sofrer alterações ao longo dos dias, dependendo da situação da cidade em relação à Covid-19.

Os horários de segunda a sexta-feira podem ser conferidos no bentotransportes.com.br ou no transportesantoantonio.com.br. Ressaltando que aos sábados são ofertados os horários de domingo e, aos domingos, não há ônibus.

O que dizem as empresas

Segundo o diretor de operações da empresa Bento, Gustavo Toniollo, de 20 de março a 26 de maio, a empresa registrou uma queda de aproximadamente 75% na demanda.

Já na Santo Antônio, o diretor Leonardo Giordani afirma que estão mantidos cerca de 70% dos horários normais. “Os prejuízos são de muitas ordens, claro que o principal é mantermos a saúde de nossos funcionários e usuários. Além da perda financeira já constatada, teremos a perda futura que é difícil de medir, mas muitas pessoas abandonarão os transportes coletivos em todas as suas modalidades em virtude do medo de andar com outras pessoas”, prevê.

Foto: Fábio Becker/ Arquivo