As mudanças nas regras do modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Rio Grande do Sul deverão ser implantadas após o dia 10 maio. Até lá, os atuais regramentos da bandeira vermelha irão vigorar, permitindo o retorno das aulas presenciais no estado. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite na tarde desta terça-feira, 27, em um vídeo lançado nas redes sociais. Segundo o chefe do Executivo gaúcho, até o dia 10 de maio, o sistema de cogestão e salvaguarda estão suspensos. Após essa data, as mudanças entram em vigor.
Leite disse ainda que as mudanças tornam-se necessárias, já que a atual situação da pandemia é diferente da chamada onda de covid-19 registrada no ano passado. Conforme o governador, este será o último ajuste a ser realizado no modelo de Distanciamento Controlado. “Depois de ter cumprido seu papel, vamos substituir esse modelo por outro mais aprimorado e adequado, depois de todo aprendizado que vivemos”, explica.
Ainda, o governador tentou esclarecer as mudanças definidas após reunião entre lideranças na manhã desta terça-feira, 27. Segundo ele, somente após análise técnica e apresentação de dados da equipe de saúde, a decisão do retorno à bandeira vermelha foi tomada. “Após análise do grupo técnico e estudos, concluímos por ajustar a salvaguarda da bandeira preta no Estado. Ela vai continuar existindo, mas será acionada apenas quando a ocupação de leitos com pacientes confirmados para o coronavírus estiver num ciclo de piora em 14 dias, sendo desativada quando se observar um ciclo de pelo menos 14 dias de redução da ocupação por doentes com Covid-19”, afirma.
Volta às aulas
Apesar de considerar legítima a interferência do Poder Judiciário que autorizou a suspensão das aulas presenciais após ação movida pelo Cpers e pela Associação de Pais pela Democracia, no final de fevereiro, Leite disse que a decisão é equivocada e incoerente. “O Judiciário interpreta, toma uma decisão, admite que é bem feita, e outra parte joga fora. Considera a fórmula, mas joga fora os protocolos que definimos e diz que a educação não pode voltar. É incoerente a decisão do Judiciário, mas tem legitimidade, então eu pedi ao nosso Gabinete de Crise que estudasse uma mudança, que é o que agora lhes apresentamos”, apontou Leite.
Segundo o governador, a educação é atividade essencial e, especialmente nos anos iniciais, precisa ser retomada presencialmente com urgência.
Foto: Maurício Tonetto / Palácio Piratini