Uma imensa cratera se abriu no Chile, com altos riscos de colapso. O buraco gigante de trinta e seis metros e meio de diâmetro que continua se expandindo no deserto de Atacama, pode engolir os desavisados. Na política, também. No plebiscito de 2020, apenas 36% da população escolheram quem faria a Constituição. Agora, a maioria que se absteve de votar está descontente com o resultado. Esse é o preço de quem abdica do direito de escolha.
Na Colômbia, onze milhões elegeram o presidente enquanto dezoito milhões dormiram no ponto. Nem dois meses depois das eleições, irados com as novas medidas governamentais, milhares vão às ruas gritando “Fora Pietro”.
Um pouco antes, na França, foi reeleito Macron com o segundo menor percentual de comparecimento na história da República Francesa. Atualmente, a situação social é marcada por conflitos e manifestações violentas com “quebra-quebra, incêndios de carros e/ou estabelecimentos públicos e privados e enfrentamentos com a polícia”.
São alguns exemplos de países onde as consequências pela irresponsabilidade da parcela da população que deixou aos outros a escolha dos seus dirigentes começaram a repercutir.
O Brasil está próximo a seguir um rumo ou mudar para outro, ambos decisivos para o futuro da Nação. E todos nós, independentemente de idade – temos filhos e netos – não podemos abrir mão do direito de lutar pelo o que acreditamos. Nossa arma é o nosso voto. Anular, votar em branco ou deixar de comparecer às urnas é um erro fatal. Não tem como remediar depois.
Neste sentido, muito inteligente o comercial feito pelo Burger King, que ilustra de forma prática o que representa a inércia ou falta de interesse dos eleitores. Com o slogan “Quando alguém escolhe no seu lugar, não dá pra reclamar do resultado”, a campanha foi às ruas, em São Paulo, e simulou uma votação em uma urna eletrônica personalizada. Os participantes tiveram a oportunidade de fazer as suas escolhas. No final, todos os votantes ganharam um lanche, mas com uma diferença: os que votaram em branco ou anularam o voto não puderam escolher o Xis e ganharam um pão com cebola e maionese. Afinal, eles deixaram aos outros a escolha dos ingredientes de seus sanduíches.
Pois é! Votar é vital e escolher conscientemente é fundamental. Ou então entraremos numa cratera bem maior que a do deserto do Atacama, com o risco de sermos engolidos.
Não vacile nestas eleições. Aperte firme e confirme. O Brasil depende de você.