Quando fiz a entrevista para o primeiro emprego com carteira assinada, ou melhor, Cartão de Menor, orgulhosamente recebido das mãos do Sr. Mário Fracalossi, meu entrevistador perguntou:
– “Tem alguma tatuagem?”
Isto foi na década de 60 e tatuagem parecia coisa proibida.
Quando do meu alistamento militar, no Batalhão Ferroviário, fizeram a mesma pergunta. Não sei se era proibido ou marca registrada.
Interessante que, com o passar do tempo a tatuagem ganhou força e fama em todos os países.
Vi pessoas em diversos lugares com o corpo todo tatuado e participando de concurso específico. Bonito e feio ao mesmo tempo.
Percorri os escritórios da empresa onde trabalho perguntando para os colegas se tinham ou não tatuagem. Mais da metade dos jovens possuem tatuagens: coruja no braço esquerdo, pezinho do primeiro filho tatuado no ombro, nome do namorado no pescoço, cruz, âncora, corrente, aves e tudo o mais. Dragão é o que mais tem.
Perguntei se tinham tatuagens escondidas nas costas, barriga e peito. “Menos no pinto” me respondeu um deles. Só faltava essa!
Um colega mais antigo, tipo conservador, disse que ele estava era cheio de cicatrizes, conquistadas quando criança e outras mais de cirurgias realizadas. Tatuagem, porém, nenhuma.
Na praia observei vendedores de rua que ofereciam tatuagens temporárias, feitas com “henna” ou coisa parecida. As crianças eram as mais interessadas. Na calçada, um tatuador hippie.
É um novo tempo! Tatuagens, “pircens” nos lábios e sobrancelhas, brincos masculinos, calças rasgadas, camisa amarrada, boné tapeado para o lado e tanta coisa que virou moda.
Difícil é aceitar a “moda” do homem com homem e mulher com mulher. Vi isto no Marrocos, onde é tradição os homens andarem na rua com as mãos dadas e não gostei. Não haviam mulheres circulando nas ruas. Respeito o costume deles mas não pega bem.
Fato é que vou ter que me acostumar com as tatuagens e pronto. Só tomem cuidado para que seja feita sem risco para a saúde.