No início do Império, ideias políticas entraram em conflito no Brasil, sacudindo as Oligarquias políticas e a burocracia centralizada, herdeira de um sistema conservador criado no período colonial. Infelizmente Dom Pedro I criou o Estado divorciado da Nação Brasileiro, que ainda não estava organizada no momento da Independência. Desde então, os políticos brasileiros se consideram donos do Estado, cuidando apenas de seus interesses para promoverem seus bens particulares, ignorando o bem comum. Como reflexo desta situação, a corrupção ficou impune e a justiça se tornou interesseira e mesquinha, funcionando apenas contra os pequenos e marginalizados.

Tal fato se dava e ainda acontece porque a massa humana é mantida ignorante em suas iniciativas. Não é por acaso que professores recebem salários miseráveis e que o ensino e a educação se desfaleceram, perdendo-se a noção do direito da cidadania.

É certo que sempre há políticos Honestos e bem intencionados. Também não podemos generalizar uma ideia para todos os segmentos sociais. Assim, durante o período Farroupilha, houve um entrechoque de doutrinas discutidas por intelectuais e políticos, mas que raramente atingia o povo, na sua maioria analfabeta.

A agitação dos liberais, temendo que aumentasse contra o poder moderador, que permitia ao Imperador dissolver a Câmara de Deputados.  A perda da Província Cisplatina, que gerou lutas de fronteira, foi considerada como prejuízo ao Rio Grande do Sul, pelos recursos aplicados e pelas mortes dos rio-grandenses.

O jornal O NOTICIADOR, período liberal os farroupilhas como exaltados, fazendo graça com a origem do apelido que significava pessoa desprezível, miserável, maltrapilho, embora os chefes revolucionários fossem estanceiros, oficiais militares, oficiais da Guarda Nacional, comerciantes e charqueadores.

Existiam três grandes grupos: Os conservadores, os restauradores e os liberais. Embora se autodenominassem de partidos, eram grupos de pessoas que pretendiam a penas assumir o poder.

Em 1835, a Guarda Nacional era maior força militar armada e seu comandante geral era o Coronel BENTO GONÇALVES DA SILVA, que foi escolhido pelos conspiradores para chefias a Revolução e presidir a República Rio-Grandense.

Finalmente, a introdução de moedas de cobre falsas, fabricadas no exterior e ingressando pelo Porto de Rio Grande e de São José do Norte, destruía o poder aquisitivo, pois as autoridades confiscavam o contrabando e o governo provincial pagava os funcionários e suas dívidas com o cobre falso, que era aceito no comércio com desconto de 20% a 30%.

Os farroupilhas aproveitaram o descontentamento das classes produtoras e depuseram o Presidente da Província, iniciando a Guerra Civil com a proclamação da República Rio-grandense.

“VOCÊ SABIA QUE O NOSSO MUNICÍPIO TEM ESSE NOME EM HOMENAGEM AO CHEFE DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA??”

Fonte: Moacir Flores – Historiador