Para compreender a Colonização e a Imigração no sul do Brasil, temos que analisar o momento histórico vivido na Itália.
Em 1870, após 50 anos de luta, a Itália se unifica e as formas feudais são substituídas pelo Capitalismo Industrial. O governo instituiu o IMPOSTO até da farinha, entre outros, endividamento os pobres, que perderam as terras para o governo ou para os proprietários maiores. “OS SENHORES”. A solução apresentada na época, de uma vida financeira mais digna era a emigração. As massas populares encontravam-se condenadas à miséria e a fome…
O Rio Grande do Sul ficou definido após três séculos e meio, da chegada dos portugueses no Brasil. A imigração era necessária para revitalização da agricultura. No caso específico da nossa região, a preocupação era estabelecer núcleos destinados a produzir gêneros alimentícios para o mercado interno e o mercado urbano que começava a se constituir.
O Império estabeleceu uma lei da Repartição Geral das Terras e uma nova forma de demarcação das Colônias em Léguas, Linhas e Travessões.
Os agentes de propaganda na Europa faziam muitas promessas. Aos poucos, uma diversidade de etnias atravessou o Atlântico em busca de melhores perspectivas de vida. A ITÁLIA que enfrentava inúmeros problemas era o principal alvo da propaganda.
Os navios eram carregados com grande quantidade de pessoas, como se fossem mercadorias. A viagem foi longa e muito tumultuada e de grandes obstáculos.
Ao chegarem a Santos, faziam o reconhecimento. Depois, alguns se perdiam dos familiares e amigos. Em seguida para o sul, com outras embarcações e muitas vezes tristes, porque não encontravam os seus familiares. E finalmente para Rio Grande ou no Porto dos Casais (hoje Porto Alegre).
Os que vinham para a Colônia Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves), seguiam até o porto de São João do Monte Negro, em embarcações menores (via rio Caí).
Muitos imigrantes queriam chegar o mais depressa possível em suas terras. Seguiam por trilhas íngremes e de difíceis condições. E finalmente, no seu destino estava preparado um barracão, isto é, um alojamento, como se fosse um grande depósito de mercadoria. Neste barracão, aguardavam as ordens do Administrador para designar o número do lote rural ao longo das linhas e travessões.
Em resumo e para facilitar a memorização e sem muita exatidão histórica, podemos afirmar: durante os primeiros 15 anos, trataram de plantar profundamente suas raízes no solo rio-grandense. De 1890 a 1900, começaram ocupar as terras à margem direita do rio Ligeiro, hoje Carreiro, Antas e Taquari. Na década seguinte atingiram os campos de Cruz Alta, Carazinho, Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria. E, em 1910, o Sertão do Alto Uruguai.