O levantamento, divulgado no contexto da campanha Setembro Amarelo, mostra que os impactos mais frequentes estão no humor e na estabilidade emocional (48%), na autoestima (44%), na energia e disposição (32%) e na concentração em atividades de trabalho ou estudo (30%).
A pressão financeira também repercute no dia a dia:
- 70% já perderam o sono preocupados com dívidas;
- 65% dizem se esforçar para esconder suas dificuldades financeiras;
- 45% sentem culpa ao pedir dinheiro emprestado.
Barreiras financeiras para tratamento psicológico
O desafio se intensifica quando a falta de recursos impede o acesso a cuidados de saúde mental. De acordo com a pesquisa, 49% dos entrevistados deixaram de buscar ajuda por não poder pagar consultas ou terapias.
Para Patricia Camillo, especialista da Serasa em educação financeira, a limitação é clara: Quando quase metade dos brasileiros deixa de buscar ajuda psicológica por não conseguir pagar, fica evidente que a dificuldade financeira é hoje um dos maiores entraves para o bem-estar mental da população.
Além disso, os problemas econômicos afetam diretamente os relacionamentos pessoais. O estudo aponta que 41% evitam conversar sobre o assunto e 29% acabam se isolando de amigos e familiares.
Reconhecimento da importância da saúde mental
Apesar do cenário preocupante, o levantamento traz um dado positivo: 95% dos brasileiros reconhecem a saúde mental como tão importante quanto a saúde física, e 19% afirmam considerá-la ainda mais relevante. Saúde financeira e saúde mental caminham juntas. Cuidar das finanças é também uma forma de preservar o equilíbrio emocional e melhorar a qualidade de vida, conclui Camillo.