Retomando o capítulo anterior, temos a mais nova ativista do pedaço num conflito diante da constatação de que tudo o que a cerca agride a natureza. Estando ela em momento íntimo com seu príncipe desencantado, vê-se no dilema de Sofia (uma mãe presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, que é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto, ou ambos o seriam) obviamente guardadas as proporções do drama. Mas a possibilidade de escolha é uma grande responsabilidade humana. Daí a moça ter surtado com o pedido do crush na hora “h”: “Amor, me alcança uma camisinha…” A que ela responde histérica que plástico descartável nunca mais.
Então o que acontece: o sangue retorna à cuca, e o cara pira. Com o ego desinflado, não há imaginação que potencialize a adrenalina de antes. E o jogo termina mesmo sem ter começado. Adiamento da partida? Talvez! Vai depender da conjunção dos astros. Se a distância não aumentar, há possibilidades de novo alinhamento…
Embora decidida a investir no futuro do Planeta, Pachamama tem dificuldade em ser coerente com seus princípios, a começar pelo mais simples e trivial, tipo diminuir o consumo de energia, que depende da exploração de recursos naturais, que é muito danoso para a saúde ambiental. Seus banhos são longos e quentes – ela costuma meditar ouvindo apenas o ruído do chuveiro e sentindo o roçar da água na pele. E tem a bendita geladeira! É só a guria ter um probleminha que a porta é aberta… onde nunca encontra a solução. O tédio também não se acaba na geladeira. A irritação não se esvai na geladeira. A saudade não se consome na geladeira. Ah! E o amor… Seria melhor usar o telefone do que abrir a geladeira… Reduzir o consumo de água também é outra premissa difícil de seguir. Se a sustentabilidade do Planeta e as gerações futuras dependerem do uso consciente de água em sua casa… “Putz!” – pensou Pacha – “Estou numa pachecada!”.
Na verdade, ela quer mesmo é fazer grandes coisas, causar impacto, provocar as velhas gerações e incitar as novas. Tudo bem separar o lixo, reciclar, etecetera e tal. Mas isso é tão devagar e… anônimo. O Planeta está na UTI. A Terra anda sufocada pela Covardia. É preciso mais respiradores pra eliminar o gás carbônico… Então um insight. “ÁRVORES!!!” “Vamos salvar o pulmão do mundo!” “Yes, We Can!”
-Hello, Greta Thunberg?