A Secretaria Estadual da Saúde (SES), emitiu nota orientando os hospitais a adiarem a realização de cirurgias consideradas eletivas por tempo indeterminado. A decisão ocorreu após o Rio Grande do Sul encontrar dificuldades para a compra de medicamentos utilizados nos procedimentos. O desabastecimento ocorre, em razão da alta utilização do material para os processos de intubação de pacientes acometidos pela Covid-19, que necessitam estar sedados e anestesiados para serem intubados.
De acordo com a SES, nos últimos dias, diversos hospitais do RS relataram ameaça de desabastecimentos dos medicamentos utilizados para o processo anestésico. Para evitar a falta, a pasta estadual realiza o levantamento da demanda por parte das instituições que integram o Plano de Contingência Hospitalar, bem como do estoque existente, e buscou o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde para a solução do problema.
Em nota, o governo orienta que a suspensão dos procedimentos cirúrgicos seja realizada apenas em casos leves. Situações graves ou que a sua postergação determine riscos reais para saúde do paciente não devem entrar no cancelamento.
Para amenizar a situação, o Ministério da Saúde efetuou uma compra emergencial no mercado nacional, e até mesmo internacional em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para abastecer os Estados. Alguns Estados já começaram a receber lotes de medicamentos e a SES acredita que o RS será contemplado em breve.