A pronta ação das lideranças públicas e de entidades empresariais da Serra Gaúcha, especialmente as argumentações da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste, a Amesne, liderada pelo prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, mais os números e providências relatadas pela administração municipal de Bento Gonçalves, ladeada pelos dirigentes do Centro da Indústria, Comércio e Serviços, mais a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sindilojas, foram fundamentais para que o governo do estado reconsiderasse a decisão de incluir a região na zona da bandeira vermelha, que impõe duras regras de distanciamento social visando evitar o contágio do coronavírus e mais internações por causa da Covid-19.
Entretanto, não bastam números e argumentos alicerçados apenas na ação dos entes que comandam os órgãos públicos e as representações da iniciativa privada. Está faltando a colaboração de boa parte de um setor que tem papel fundamental nesta cruzada contra um inimigo “gigante e invisível”, que é como o presidente do CIC, Rogério Capoani, classifica o vírus que assombra o planeta.
Traduzindo: a sociedade, as pessoas, de modo geral, precisam se tornar mais colaborativas, precisam se conscientizar de que o perigo existe, que o cidadão ao seu lado pode estar contaminado, sem saber, e espalhando o vírus por onde passa.
As medidas preventivas não são uma recomendação para dobrar e guardar na carteira. Precisam ser lidas, disseminadas entre parentes, amigos, e colocadas em prática.
Não basta uma “brigada de guerra” fazer o enfrentamento ao coronavírus enquanto do outro lado da rua a plateia assiste, inerte, à dura luta travada. Esta plateia, este público, precisa empunhar a lança, vestir a armadura, e entrar junto nesta briga.
Para isso estão aí as armas do distanciamento social, do isolamento, da quarentena, do álcool gel, da máscara da higienização correta que deve ser feita quando se chega de um lugar em que a presença é inevitável. Esta batalha inclui ir aos lugares essenciais apenas quando isso for, como a palavra diz, essencial.
É esta união que, agora, é mais do que indispensável para que não entrem em colapso as atividades econômicas. Porque, daí, terá sido a vitória do vírus.