Por causa do servidor que foi confirmado com a Covid-19, sessão da Câmara foi restrita aos vereadores, assessores e imprensa. Com galerias sem público, assunto dominante foi a troca de bandeiras
Não teve público na assistência e nem pauta polêmica. A sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, 22, teve como assunto principal a troca de bandeiras cujas cores, determinadas pelo governo estadual, restringem ou flexibilizam as atividades econômicas – especialmente as comerciais – para conter o avanço do coronavírus.
Depois de passar uma semana com bandeira vermelha, que caracteriza risco elevado para contágio da Covid-19, no sábado o governador Eduardo Leite (PSDB) recolocou Bento Gonçalves e região na zona de bandeira laranja, permitindo a reabertura do comércio. Em meio aos elogios à mobilização das entidades empresariais, governo municipal e Hospital Tacchini, não faltaram críticas às pessoas que não observam as recomendações das autoridades ligadas à área de saúde.
O vereador Idasir dos Santos (MDB), por exemplo, disse que o governador “atrasou em uma semana a vida da população e dos empresários de Bento”. Gustavo Sperotto (PSD), sugeriu uma maior fiscalização para conter o descumprimento das regras. “O que não pode ter é famílias inteiras nos supermercados”, exemplificou.
Para saber
O presidente da Câmara Municipal, vereador Rafael Pasqualotto (Progressista) retirou na sessão de segunda-feira, 22, a proposta de Moção de Repúdio ao governador do estado, Eduardo Leite.
A medida havia sido sugerida como reflexo do descontentamento das lideranças públicas e privadas, e dos próprios legisladores da Casa, à inclusão de Bento na zona de bandeira vermelha, com restrição às atividades econômicas como forma de prevenção à Covid-19, no sábado anterior, 13.
A retirada é porque o governador voltou atrás e Bento retornou à bandeira laranja, com maior flexibilização ao comércio e outros setores de produção.
Saiba mais
Ainda não tem data para ser colocado na pauta de votação do plenário o projeto de Lei 45/2020, do Executivo, que autoriza permuta de terrenos do município com a empresa Lex Empreendimentos Imobiliários, beneficiando principalmente a Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Isabel.
O presidente, vereador Rafael Pasqualotto, disse que ainda está aguardando pelo Ministério Público que pediu que os imóveis fossem avaliados financeiramente por um técnico independente, para verificar a correção do projeto. O presidente acredita, porém, que até meados do mês que vem o projeto deve ser colocado à análise do plenário.