Como muita gente, estou de saco cheio, com uma puta vontade de chutar o balde. É tempo demais de quarentena vendo parasitas e vírus de braços dados, numa “mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia”. “É bílis, ódio, mau sentimento, mal secreto, é uma coisa horrível” que se propaga que nem fogo. (Nunca pensei que a discussão entre dois ministros do STF pudesse me inspirar). Enfim, é muito “filho de senhora que presta serviços em casa de entretenimento masculino” tentando se dar bem às custas da pandemia.
“Estou porr aqui”, como dizia Seu Peru da Escolinha do Professor Raimundo.
Neste período, já fiz um pouco de tudo e tudo o que os psicólogos de plantão preconizaram. Comecei buscando meu eu interior, tendo de puxar o plugue sempre que o provedor interrompia a conexão com algumas áreas.
Depois li aquele livro que, há eras, estava na gaveta e descobri porque ele ficou lá por tanto tempo. Outros compensaram.
Vi o tal filme sonhado e todos os demais, com direito a reprise dos seriados que me fizeram rir nos anos setenta/oitenta/noventa. Episódios do Dr. House também voltaram a ser exibidos, mas se eu assistir mais uma vez, vou acabar com um diploma na mão.
Ah, as series da Netflix! Haja paciência! “El señor de los cielos”, história do narcotráfico mexicano/colombiano/americano, tem sete temporadas, com quase cem capítulos em cada temporada. Isso não é coisa pra um confinamento de meses, mas pra uma guerra de dez anos! Bom, vai saber o que nos espera…
Acompanhei documentários interessantíssimos, de “Caçando Hitler” a “Decifrando o Passado”; de “Confronto dos Deuses a “Cidades Ocultas”; de “O Inexplicável” a “Mysteries”; de “Ame-a ou deixe-a” a “Arte da Restauração”; de “Quilos Mortais” a “Ai, Ai, Ai do Sexo…” E a lista continua…
Apostei na escolha da “Casa do Lago”, da “Casa da Árvore”, da “Fazenda Perfeita”, da “Mansão em Bahamas” e participei de leilões de depósitos abandonados com grandes surpresas escondidas nas caixas.
E “Os Busbys + 5”? Que graça acompanhar o cotidiano da família que, depois de uma filha de quatro anos, teve quíntuplas, concebidas naturalmente. Torço pela Hazel.
Usei a tecnologia, enviando memes e mimos pras amigas.
Me exercitei, subindo e descendo escadas, cozinhei, lavei e limpei até os pensamentos.
E então, Covid-19, agora, já deu, né?!