A Serra e mais três regiões do Rio Grande do Sul tiveram piora na situação do novo coronavírus e passaram da bandeira laranja para a vermelha nos cálculos do modelo de distanciamento controlado. Santo Ângelo, Santa Maria, Uruguaiana, juntamente com a Serra ficarão nesse patamar pelas próximas duas semanas. As mudanças passam a valer na segunda-feira, 15. Nas demais regiões que permaneceram na classificação amarela ou laranja, a validade vai até 21 de junho.
Conforme os dados, na Serra Gaúcha, os registros de hospitalizações confirmadas para a Covid-19 cresceram 173,9% nas últimas duas semanas, passando de 23 para 63 hospitalizações. Se as mudanças no formato do distanciamento controlado não tivessem mudado, a região teria passado para a bandeira preta.
O aumento no número preocupa as autoridades de saúde do Estado, principalmente na velocidade em que o novo coronavírus avança na região. Segundo o governo, a expectativa é de que a Serra permaneça por mais semanas na bandeira vermelha.
Em Bento Gonçalves, o Comitê de Atenção ao Coronavírus deve se reunir nas próximas horas para analisar os casos e desenhar um novo decreto.
Com relação ao número de pacientes Covid-19 em leitos de UTI, a bandeira do indicador passou de laranja para preta. Essa elevação se deve tanto à redução na faixa de corte do indicador quanto ao aumento de 31 para 44 internados entre as duas últimas sextas-feiras.
Os indicadores de incidência de novos casos sobre a população – “hospitalizações confirmadas para Covid-19 em relação à população” e “Projeção de óbitos em relação à população” apresentaram significativa piora.
Assim, considerando as mudanças nos indicadores e o elevado crescimento, ambos variaram de bandeira laranja para preta.
Por fim, o indicador de leitos de UTI livres dividido pelos leitos de UTI ocupados por pacientes Covid-19, mensurado para a macrorregião, foi o pior apresentado no Estado como um todo, sendo a macrorregião da Serra a única a apresentar bandeira preta nesse indicador (na sexta-feira, 12/6, havia 0,75 leito de UTI adulto livre para cada leito de UTI adulto ocupado por Covid na região). Como esse indicador reflete a capacidade de atendimento, o alerta é bastante expressivo, apontando para uma possível necessidade de transferência de pacientes para outras macrorregiões do Estado.