O pedido feito por partidos de oposição para apreender o celular do presidente Jair Bolsonaro foi rejeitado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorreu na noite de segunda-feira, 1º de junho. No documento protocolado pelos partidos, a apreensão serviria para analisar supostos indícios de que Bolsonaro estivesse interferindo na Polícia Federal.
Celso de Mello acolheu a manifestação enviada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras que frisou caber somente ao Ministério Público a iniciativa de propor diligências em investigação penal, não sendo legítimo que terceiros façam requerimentos do tipo.
O pedido para que o celular de Bolsonaro fosse aprendido partiu de uma notícia-crime feita pelo PDT, PV e PSB, após as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, durante anúncio de sua demissão, em abril. “Em uma palavra: descumprir ordem judicial implica transgredir a própria Constituição da República, qualificando-se, negativamente, tal ato de desobediência presidencial e de insubordinação executiva como uma conduta manifestamente inconstitucional”, afirmou o ministro.
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