Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. (Cora Coralina)
Uma pessoa exemplar, de caráter forte, íntegra e humilde. Assim é Elisa Palombit Roman, uma centenária, nascida no dia 6 de maio de 1920. Ao longo de seus 100 anos, vivências felizes e tristes, mas que a fizeram mais forte a cada dia. Com muita dedicação, carinho e alegrias, vive seus dias rodeada pelas pessoas que mais ama.
Nascida em Monte Belo do Sul, na época distrito de Bento Gonçalves, filha de Valentino Palombit e Maria Santin Palombit (ambos falecidos), descende de uma numerosa família, formada por quatorze irmãos. Aos dois anos de idade, em meados de 1922, mudou-se para Anta Gorda, juntamente com seus pais e irmãos. O trajeto entre Monte Belo do Sul até a nova cidade da família foi percorrido em carroças, que eram puxadas por mulas, em uma longa e cansativa viagem que durou três dias e três noites. Apesar disso, a alegria era uma constante.
Já na nova cidade, Elisa foi morar na colônia onde, com o passar dos anos, conheceu um lindo rapaz chamado Gervásio Roman (in memorian), com quem namorou e casou-se no dia quatro de julho de 1942.
Um dia atípico aguardava o casal. Nevava muito e fazia frio, mas nada impediu Elisa a montar à cavalo e percorrer os 8km de estrada de chão, debaixo de muita neve, até a Igreja, para realizar o seu grande sonho de casar-se com o seu amor.
Após a união, foram morar em uma casinha de chão batido, no meio do mato, passando por muitas dificuldades, mas sempre acreditando que venceriam tudo que aparecesse no caminho.
Dessa relação, nasceram doze filhos (as): Maria (in memorian), Gentil, Alice, Ivalino (in memorian), Vilma, Jovino (in memorian), Adiles, Danilo, Amabile, Ivanir (in memorian), Leonice e Gilmar.
Ficou viúva aos 56 anos e, mesmo sozinha, soube conduzir muito bem a família, sempre vislumbrando o melhor para todos, com muita garra e determinação, pensando de forma coletiva e distribuindo muito amor para todos.
Com o tempo, a família foi crescendo e ficando cada vez mais numerosa. Hoje são 35 netos, 37 bisnetos e quatro tataranetos. Com muita alegria e lucidez, comemora um centenário de vida, como um exemplo e modelo a ser seguido. Por isso, com muita alegria e gratidão, os familiares e amigos (as) querem parabenizá-la e agradecer a Deus pela graça de tê-la junto e poder desfrutar de muita sabedoria e ensinamentos, que são repassados diariamente a todos que convivem com ela.