Sem fiscalização
Sábado, 2 de maio, por volta do meio dia, uma pessoa fazia fotos, com equipamento profissional, de prédios e monumentos no centro da cidade. Em meio a dezenas de pessoas, quem sabe centenas ou milhares, que trafegavam pelas ruas Marechal Floriano, Marechal Deodoro, Saldanha Marinho e adjacências, o cidadão era praticamente o único que não usava máscara como preconiza decreto vigente desde o dia 1º de maio e que determina que todas as pessoas adotem o meio de prevenção ao contágio do coronavírus. A menos de 200 metros estava uma viatura com agentes da Guarda Civil Municipal (GCM). Mas ninguém atentou para a incoerência da pessoa e nem para o descumprimento das normas estabelecidas.
E os bandidos?
Prisões por tráfico de drogas, assaltos, acidentes de trânsito, entre outras ocorrências, não estão seguindo as recomendações para que deem uma trégua neste período de isolamento social para evitar o coronavírus. Polícia tem sido bastante exigida e, aliás, muito atuante diante do volume de ocorrências.
Em evidência
Médica Nicole Golin, infectologista, do Hospital Tacchini, que tem ido às redes sociais falar sobre a pandemia e alertar à comunidade sobre precauções, é um dos grandes nomes da área da saúde, hoje, em Bento. Foi alçada à posição de destaque pelo chamado “bichinho chinês”.
Insalubridade
Prédio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no centro de Bento, é um atentado à saúde de quem trabalha no local, ou passa por ali, em tempo de coronavírus. Para a rua, mesmo, só a porta dos fundos e a janela da cozinha, além de uma basculante em um poço de luz. Não tem janelas. Sem qualquer ventilação.
Numeradas
1 – Muitos dos que criticam nas redes sociais os investimentos públicos e, principalmente, da iniciativa privada, na preparação do espaço e instalação de 40 leitos emergenciais para eventuais pacientes com a Covid-19, são os mesmos que elogiam a construção de hospitais de campanha em tempo recorde e sem a necessidade de prestação de contas em outras cidades e capitais do país. É incoerência que se chama isso, não?
2 – Empresários da noite, donos de bares, lanchonetes, casas de festas, clubes sociais e boates, que ficavam abertas até altas horas antes da pandemia, são os que mais sofrem com as restrições impostas para evitar o coronavírus. Se a pandemia se estender por muito mais tempo, advirão consequências drásticas para o setor!
3 – Única boa notícia em tempos de coronavírus, com dólar mirando os R$ 6,00 e as bolsas de valores acumulando quedas sucessivas, é a redução do preço do litro da gasolina ao consumidor. Em Bento já tem posto vendendo a R$ 3,86 o litro que, há 40 dias, estava saindo da bomba por R$ 4,65. Uma queda de 16,98%.
4 – A prolongada estiagem já faz com que bairros tenham problemas de abastecimento de água potável em algumas horas do dia, em alguns dias da semana. O que provoca a escassez é um assunto que precisa ser convincentemente esclarecido pela Corsan. Falta de investimentos, com certeza, é uma das razões.
Bom dia, pois!