Em meio a super-heróis e carrinhos, o que ocupa o maior espaço no quarto de Gian Pietro Cimadon Rossato, 8 anos, são os livros. Como grande parte dos seus colegas, ele também tem tablets e videogames, mas conta que estes são pouco utilizados, já que suas brincadeiras favoritas são “aquelas ao ar livre”. Na contramão da geração que nasceu conectada, os pais Luciane Cimadon Rossatto e Adriano Rossatto buscam educar o filho da mesma forma que eles foram criados.

A administradora cresceu no interior do município, em Faria Lemos, e todos os finais de semana leva o filho para a comunidade. “Antes mesmo dele nascer, a gente já tinha decidido que iria criá-lo mais solto, digamos assim. Então, pelo menos nos sábados e domingos, levamos ele até lá na comunidade”, conta. “Eu gosto de ficar no meio do mato”, revela o estudante do Colégio Sagrado Coração de Jesus.Para incentivar isso, e atendendo a um pedido especial do neto, o avô Pedro Cimadon, 70, construiu uma casinha na árvore quando o garoto tinha quatro anos. “Ele vivia dizendo que gostaria de ter uma, então um dia decidi atender ao pedido dele. Construí com madeira reutilizada, não deu trabalho”, conta o avô.

Gian lembra até hoje o momento em que viu a obra. “Não estava totalmente pronta, mas adorei, falei meu Deus, que coisa legal. Nenhum colega meu tem e eles acham legal, pois só brincam no pátio da escola mesmo”, diz o menino. Hoje, a casa faz sucesso na região. “Muita gente vem aqui para ver e até tirar fotos”, revela o avô.

 

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