A votação do pedido de cassação do mandato do vereador Moacir Camerini (PDT), ocorre na sexta-feira, 20, a partir das 14h, no plenário Fernando Ferrari. A data foi definida após a Comissão Processante emitir o parecer favorável ao trâmite, em seu relatório final, protocolado na terça-feira, 17. No documento, os vereadores concluem como procedente a denúncia contra o pedetista.
De acordo com o relatório, Camerini teria utilizado a estrutura física e funcional, com a participação de ex-assessores da Câmara Municipal, para a criação e manutenção de perfis falsos nas redes sociais, com o intuito de disseminar conteúdos de imagens, vídeos, comentários caluniosos, falsos e difamatórios contra autoridades e vereadores de Bento Gonçalves.
A Comissão Processente é formada pelos vereadores Gustavo Sperotto (DEM), como presidente, Neri Mazzochin (Progressistas) como relator e vereador Moisés Scussel Neto (PSDB) como membro.
Na época, a denúncia pedindo a cassação de Camerini foi protocolada pelos membros da CPI das Fake News, formada pelos parlamentares Jocelito Tonietto (PDT), Gilmar Pessutto (PSDB), Anderson Zanella (PSD), Idasir dos Santos (MDB) e Volnei Christofoli (Progressistas). Na ocasião, 10 vereadores votaram favoráveis e seis contrários.
Após ouvir todas as testemunhas, incluindo às arroladas por Camerini, e ainda a sua defesa, a comissão emitiu seu relatório final entendendo que a decisão de cassação do mandato do pedetista, procede e cabe ao plenário. Cinco suplentes deverão assumir as vagas dos vereadores que integraram a CPI, e que legalmente são impedidos de votar. São eles: Carlos Pozza (Progressistas), José Antônio Gava (PDT), Rogério Antônio Rosa (MDB), Delarci Martins de Lima “Cascão” (Progressistas) e Thiago Fabris (Progressistas).
“Não há possibilidade de renúncia”, afirma Camerini
O vereador Moacir Camerini afirmou a reportagem do Semanário que não pretende renunciar ao cargo. Ele afirma estar tranquilo com o processo e que tudo não passa de perseguição política. “Estou muito tranquilo. Não há possibilidade de renúncia. Não há provas que comprovem as acusações feitas a minha pessoa. Tudo isso é uma perseguição política, em virtude das próximas eleições”, afirma.
O vereador diz ainda que todo o processo está atrapalhando o seu trabalho. “Eu preciso deixar de visitar os bairros para vir aqui (na Câmara) responder pedidos e elaborar a minha defesa. Só uma coisa que eu peço: me deixem trabalhar. Tudo começou depois que eu coloquei meu nome à disposição para disputar as eleições do ano que vem”, observa.
Camerini disse ainda que pretende recorrer, caso a maioria dos vereadores vote pela sua cassação. Ele aponta erros ocorridos durante o processo que poderiam anular a decisão. “Ocorreram diversas barbaridades durante a CPI e alguns erros na comissão processante”, afirma.