Arquivo histórico da cidade está em fase de transição para o complexo administrativo onde deverá contar com uma estrutura mais segura; Secretaria da Cultura estuda, ainda, a digitalização de todos os seus documentos
Jornais, fotografias, documentos oficias, certidões de óbito, registros de imóveis antigos e de eleições, contratos, documentos de leis, contas públicas, despachos da prefeitura e muito mais. Ao todo, aproximadamente, 250 mil páginas que registram a história de Bento desde o século XIX estão sendo realocadas para uma das salas do Centro Administrativo, no bairro Botafogo, onde deverá funcionar o novo Arquivo Histórico, ainda sem data para inauguração.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Evandro Soares, a mudança para o novo espaço, que já estaria predestinado nos projetos arquitetônicos do Centro Administrativo para receber os arquivos históricos, objetiva diminuir o custo da Prefeitura com aluguel, ademais de criar um espaço mais adequado e seguro para consulta e guarda dos documentos. “Também tinha algumas situações que o local não oferecia estrutura, além da questão física do prédio, pois, embora não tivesse estudos comprovando comprometimento, sabemos que o arquivo como uma biblioteca pesa muito”, destaca.
Digitalizar é prioridade
Para Soares, o principal, no entanto, está na preservação dos documentos. Por isso, mais que as questões estruturais e o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), conta que estão sendo buscadas alternativas para a digitalização do material. “Neste momento, estamos apostando em uma parceria com uma universidade de São Paulo que tem ligação com uma universidade dos Estados Unidos que faz esse tipo de trabalho. Fizemos o levantamento dos materiais e encaminhamos, buscando a possibilidade de fazer isso gratuitamente, mas ainda não tivemos retorno”, destaca.
Se a parceria com as universidades não ocorrer, Soares destaca que o “plano B” seria buscar emendas para garantir os recursos necessários para a digitalização do material, garantindo assim a proteção de todo o acervo. “Agora estamos querendo fazer um plano de trabalho no sentindo de dar um atendimento melhor a quem busca consulta, salvaguardar o material e digitalizar. Caso a parceria não vá adiante, já pensamos em projetos para conseguir recursos”, adianta.
O Arquivo é um patrimônio imensurável que devemos fazer o máximo para preservar. Precisamos olhar para o passado para construir o futuro”