A migração para um novo país pode carregar grandes mudanças na bagagem. As diferenças podem alcançar o clima, costumes, religião e até mesmo o idioma – como é o caso dos haitianos que têm buscado melhores condições de vida em Garibaldi, nos últimos anos.
Com o objetivo central de integrar os imigrantes por meio da língua portuguesa, a Biblioteca Pública Municipal Frei Miguel sedia, há mais de três anos, o trabalho de um grupo de voluntários semanalmente.
Nas manhãs de sábado, interessados em aprender a se comunicar melhor se dirigem ao local, onde são recebidos por moradores de Garibaldi e região, que explicam temas como o uso de expressões e a conjugação de verbos. “Muitos chegam sem saber nada e acabam vendo esse momento como um espaço de convivência, pois se sentem à vontade para aprender a língua”, conta o coordenador do grupo, Felipe Bonfanti de Barros.
A inspiração para o trabalho veio da Nova Zelândia, onde Felipe e a esposa contaram com um grupo de conversação em inglês, projeto da Waikato University de Hamilton. “Frequentando os encontros enquanto vivíamos lá, percebemos o quanto era útil não só para praticar a língua, mas como forma de acolhimento ao estrangeiro. Retornando ao Brasil e atentos à realidade local, avaliamos a possibilidade de fazer um trabalho equivalente”, ele explica. Atualmente, o grupo está com o número de monitores reduzido e procura novos voluntários. Interessados podem contatar o coordenador pelo telefone (54) 9 9150-9030.