A primeira comunidade, segundo dados históricos, foi Nova Milano, constituídas de imigrantes milaneses e bergamascos. Com a criação das Colônias Dona Isabel e Conde D’Eu, surgiram os núcleos dos mesmos e Nova Milano, passou a ser considerada uma comunidade já constituída. Deste modo, a comunidade de Nova Milano, fica colocada como primeiro marco da imigração italiana no RS e passa para segundo plano como polo irradiador, isto em 1875 e de modo mais marcante em 1876, é exercida pelas três novas Colônias. Destas, destacava-se, desde o início, o núcleo de Dona Isabel estavam todos os lotes periféricos e a superfície norte, leste e noroeste de Dona Isabel em direção sul que se estendia até os limites da região ocupada pelos teuto-brasileiros.

Os processos de formação das novas comunidades, excetuando os núcleos de irradiação, desenvolvia-se dentro dos aspectos sócio-econômicos de sobrevivência de um grupo social. Surgem assim núcleos espalhados em toda a Região. As bases para a formação eram: geográfica (encontro de trilhas, proximidades de rios, com possibilidades de aproveitamento para a pequena indústria); geodemográfica (maior ou menor extensão da linha ou travessão e maior ou menor número de lotes coloniais e correspondente ao número de famílias e habitantes; econômica (diversidade de interesse do elemento humano e diversificação de atividades); religiosa (existência de capela ou igreja e presença de sacerdotes); étnica (proveniência de mesma região italiana ou o processo psicossocial que levava os imigrantes a acreditarem na possível criação de grandes centros urbanos); e o social (maior ou menor entendimento e afinidades dos habitantes da mesma linha ou travessão).

As comunidades com capelas não se deve somente ao sentimento religioso do imigrante, e tão pouco ao anseio de poder encontrar-se em local determinado para uma vivência social, mas especialmente, à possibilidade de poder transformar o pequeno núcleo inicial em aglomerado que, no futuro, poderia ser um centro socioeconômico de projeção.

Dentro destas perspectivas socioeconômicas deve-se notar que são igualmente propícias a todos os núcleos históricos da Região. Dependendo dos caminhos que uma organização de industrialização da época, os resultados decorrentes poderiam beneficiar os núcleos, uma distribuição das forças e riquezas de uma sociedade.

Esta fase determinou o crescimento de algumas comunidades históricas da Região de Colonização Italiana do Rio Grande do Sul.