A desativação do presídio do centro da cidade pode estar perto. O anúncio foi feito na tarde de ontem, na nova casa penitenciária, na Linha Palmeiro, pelo governador Eduardo Leite. Em passagem por Bento Gonçalves, ele visitou as dependências do prédio. “Estamos na expectativa de até o final do mês de julho fazer a inauguração desse novo presídio”, diz. Ele afirma que a nova estrutura significa uma qualificação do sistema prisional existente em Bento Gonçalves, de uma unidade que hoje está no centro da cidade.
Sobre o antigo presídio, Leite diz que o acordo de desativação, feito com a prefeitura vai ser cumprido. “O governo municipal doou o terreno para o Estado para a desativação daquela unidade e estamos comprometido com isso. As obras estão praticamente concluídas, agora faltam os tramites finais e burocráticos”, declarou.
Inicialmente, a casa prisional foi orçada em R$ 30 milhões. O governador não confirmou se esse foi o gasto final. Ele diz que agora, com a entrega, isso vai ser apurado. O secretário de administração penitenciária, Cesar Faccioli, garante que, na última semana desse mês, a unidade será inaugurada. Em relação à transferência dos presos, ele ressalta que o processo vai ser gradativo. “Vamos realizar a migração em grupos relativamente pequenos, para que as novas regras estabelecidas aconteçam sem nenhum problema. O prazo definido pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) é de 60 dias para a mudança completa”, declara. Faccioli ainda afirma que essa unidade deve ter um modelo disciplinar que será exemplo para outros locais. Segundo ele, toda estrutura arquitetônica da foi pensada para reduzir os riscos de arremessos de objetos, como celulares. Durante o ato, também foram entregues dois fuzis e uma viatura para a Susepe.
Para o prefeito Guilherme Pasin, o compromisso do Governo com o Município é de que, quando o último preso sair do presídio no centro da cidade, ele será totalmente desativado e terá suas paredes demolidas. “Até porque foi um processo de confiança. Compramos esta área, doamos para o Estado e fomos parceiros em todas as fases construtivas, com a certeza de que aquela casa prisional fosse desativada”, declara. Sobre a falta de pavimentação na estrada que leva à penitenciária, o prefeito reiterou que esse nunca foi um empecilho para abertura do espaço.