Dos municípios analisados pelo Caged, apenas Garibaldi registrou abertura de vagas no mês passado
A criação de empregos com carteira assinada em Bento Gonçalves teve saldo negativo em maio, com o fechamento de 185 vagas, informou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério da Economia. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. Dos municípios analisados pelo sistema, com saldo positivo em maio, apenas Garibaldi registrou novas vagas. Farroupilha também apontou para déficit na criação de novos postos de trabalho.
É o terceiro mês seguido em que o levantamento apresenta saldo negativo na Capital do Vinho. De acordo com os números, no mês passado foram 1.429 vagas abertas e 1.614 fechadas (-185). Em Garibaldi, 571 novos postos de trabalho foram abertos e 510 fechados (+61). Farroupilha registrou 717 admissões e 766 demissões (-49).
Acumulado do ano
Graças aos primeiros meses de 2019 apresentarem saldo positivo, o acumulado do ano registrou mais aberturas do que fechamentos de vagas nas três cidades. Bento criou 8.646 empregos com carteira assinada e demitiu 7.953 (+693). Garibaldi aponta 3.012 vagas e 2.511 desligamentos (+501) e Farroupilha 4383 admissões e 3.923 demissões (+460).
Últimos 12 meses
O levantamento do Caged mostrou ainda que nos últimos 12 meses, apenas Farroupilha segue apresentando resultado negativo, quando foram fechadas 371 vagas (9.073 admissões e 9.444 demissões). Bento e Garibaldi pontuam positivamente: enquanto na Capital do Vinho, 325 novas vagas foram criadas nos últimos 12 meses, Garibaldi alcançou 408 novos postos.
No Brasil, 32 mil novos postos de trabalho
A criação de empregos com carteira assinada teve saldo positivo em maio, com a criação de 32.140 vagas. O saldo positivo em maio foi resultado de 1.347.304 admissões contra 1.315.164 desligamentos ocorridos no período. É o terceiro ano seguido em que o mês de maio apresenta saldo positivo, apesar de uma ligeira queda no volume total de novas vagas na comparação com o mesmo mês nos anos de 2017 (34,2 mil) e 2018 (33,6 mil).
Para o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o resultado do mês está em sintonia com o desempenho da economia, mas ainda abaixo do desejado.
“A geração de emprego está em linha com o que a economia vem demonstrando, da mesma forma que, nos últimos anos, o crescimento não foi tão grande quanto se gostaria”, afirma Dalcolmo. Apesar de a criação de empregos ter diminuído no mês passado, na comparação com anos anteriores, Dalcolmo não vê tendência de queda. “Não há tendência nem de subida, nem de descida [na geração de empregos]. Significa uma economia que está um pouco em compasso de espera, a ser definido por outros pontos importantes como a reforma da Previdência.”
No acumulado do ano, foram criados mais 351.063 postos de trabalho, o que elevou para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no país. É o maior estoque desde 2016, quando o Caged registrou 38,783 milhões de empregados com carteira assinada.