Numa roda de família conversávamos sobre as quantas vezes que os pais buscam os filhos, os amigos e as amigas nos finais de festa.
E todos os caroneiros devem ser entregues em suas casas, algumas delas nos mais longínquos bairro da cidade e na alta madrugada.
Tudo bem! O importante é a segurança dos filhos.
– “Liga pro pai que vou te buscar. Não deixa que alguém bêbado te ofereça carona. Leva teu celular e confere se tem bateria”.
É tanta recomendação dos “velhos” que a rapaziada enche o saco e a contrapartida logo vem:
– “Pai! Não estaciona na porta do clube. A “tchurma” vai pensar que eu sou criança. Para ali na esquina”.
Pois o João estacionava bem na porta do clube, abria os vidros do carro e ficava bem aceso, fumando e esperando a Alexandra. E não adiantava ela ficar fazendo sinal para ele ir mais para longe.
O caso mais interessante que comentamos foi o do Oscar, paizão que volta e meia recebia a incumbência de ir buscar a turminha no fim do baile. Compromisso assumido, executava.
Numa madrugada fria ele foi chamado para substituir um pai que “esqueceu” de buscar a gurizada no final da festa. Prestativo que é, foi. Muito mais do que esperar na esquina, entrou no salão e, para surpresa geral, estava de pijama e chinelo. Parece que nunca mais ligaram para que ele fosse buscar a “tchurma”. Muito legal!
Com a Balada Segura o policiamento tem inibido os moços aventureiros que terminam os bailes com a cara cheia de trago. Menos mal.
Teve o caso do rapaz que, ao pé da letra, seguiu a recomendação dos pais para que voltasse para casa de ônibus caso ingerisse bebida alcoólica. E bebeu foi demais.
No dia seguinte o moço não conseguia explicar como é que um ônibus estava estacionado na frente de sua casa.
Melhor termos pais como o João, o Oscar e tantos outros madrugadores por aí, todos indo buscar os filhos no fim da festa.