Nem as “moscas” mudam?

Pelo jeito a velha máxima – mudam as moscas, mas a “m” continua a mesma – foi aniquilada por aqui. Há muito tempo acontecem coisas “estranhas” na Terrinha. Sempre às vésperas de eleições. Panfletos apócrifos, jornalecos de quinta categoria e outras coisas mais são utilizadas – obviamente de forma ilegal – para atacar adversários políticos. Muita gente deve lembrar tempos passados quando a política, as campanhas e as eleições eram disputadas com honestidade, com respeito e, principalmente, como propostas. Sim, esse tempo existiu! Notadamente para as eleições majoritárias as disputadas eram acirradas, ferrenhas, mas sempre com o devido respeito aos adversários. Nas eleições proporcionais, havia poucos candidatos e nós conseguíamos eleger até quatro – dois federais e dois estaduais – que, pela sua expressividade, obtinham muitos votos fora de Bento Gonçalves. Muitos se lembram de Paulo Mincarone, Darcy Pozza, Lóris Reali, Antenor Ferrari e alguns outros que nos representaram nos parlamentos estadual e federal. E não foram eleitos uma vez, apenas. Foram várias vezes conduzidos ao poder legislativo. Lembro-me de uma eleição na qual um trator foi o assunto de campanha de um partido que buscava a eleição para prefeito. Passada a eleição, com a vitória “do trator”, ele foi usado para os vitoriosos desfilarem nas ruas centrais. Bons tempos aqueles em que os “ataques” passavam longe das agressões pessoais. Isso tudo mudou e se escancararam essas mudanças para pior nas eleições. Os panfletos apócrifos se tornaram a arma maior dessa imbecilidade, dessa agressividade. Covardes anônimos se valem das trevas dessa covardia para atacar pessoas, partidos e candidatos. Obviamente não se identificam, não assinam embaixo do que dizem. E com o advento da internet e das redes sociais esse tipo de subespécie passou a se proliferar, como ratos em esgotos, geometricamente. Certamente isso não é bom para ninguém, muito menos para a população ordeira, trabalhadora, que espera do mundo político ações que possam vir em benefício de todos. Mas, o que pode esperar de políticos que são coniventes com esse tipo de patifaria? Nada, senão que, por serem do mesmo nível, locupletar-se-ão se chegarem ao poder. Pior de tudo é que faltam alguns dias para o pleito. O que mais virá? O que mais se pode esperar em termos de baixaria desses se estúpidos anônimos? É esperar para ver. Claro que contando com ações rápidas das autoridades competentes que têm o dever de zelar por eleições que traduzam, verdadeiramente, a vontade dos eleitores, sem induções a erros por mentiras e infâmias. Mas, é assim, desta forma sub-reptícia, que alguns querem “mudar o Brasil”. Como, se nem as “moscas” mudam? Pobre Brasil!