Sim, a pergunta é essa, mas pode ser, também, faltam governantes? E é necessário explicar. A RS-122 foi pedagiada pelo governador Alceu Collares, em no final de 1994. Assumiu antonio brito em janeiro de 1995 e o pedágio começou a ser cobrado. A lei que o instituiu era claríssima. A receita deveria ser destinada à duplicação da rodovia, de Portão até São Vendelino. São 39 km de duplicação em região plana. Algumas obras de arte (pontes) eram necessárias. As obras foram se arrastando como cágados. Hoje, passados QUATRO governadores – brito, Olivio, Rigotto e Yeda -, e mais dois anos de Tarso Genro, o que resulta em dezoito anos, dois meses e vinte e sete dias, a RS-122 continua sem ter a duplicação completa. Aliás, há coisas que superam o ridículo. O viaduto construído em Bom Princípio requer amplo, total, irrestrito conhecimento de engenharia e de rodovias para ser entendido. A sinalização horizontal da RS-122 é precaríssima e o que reputo como lapsos de engenharia fazem com que a pista tenha acúmulo de água em dias chuvosos, colocando em risco os usuários pela aquaplanagem que provoca. E o que dizer dos buracos, verdadeiras crateras que existem na pista, notadamente no trecho entre o posto da polícia rodoviária de Bom Princípio e o km 35,5, próximo a São Vendelino? O descaso dos que deveriam fazer a manutenção chega ao deboche. Há crateras ali que destroem pneus, rodas e suspensões de veículos. Mas, os danos materiais podem ser recuperados. O problema é o perigo de acidentes fatais que tais crateras podem provocar. E faz muito, muito tempo que estou protestando, denunciado, colocando fotos desses absurdos aqui na Coluna e na TV Cidade. Por quanto tempo, ainda, serei uma voz solitária gritando contra esses absurdos, esses descasos, desmandos, falta de respeito? O que está faltando, afinal? Faltam AUTORIDADES para colocar um paradeiro nisso? Ou será que somos nós, usuários, que não temos o mínimo respeito conosco mesmos? Sim, porque isso num país sério, já teria provocado reações fortes por parte dos que pagam impostos abusivos e PEDÁGIO para transitar naquilo ali. Pergunto aos senhores advogados que, porventura, lerem este artigo: o quê nós, povo podemos fazer? Acionar o Ministério Público? Rezar para São Cristóvão, padroeiro dos motoristas? Ou, quiçá, para Santo Expedito, São Judas Tadeu ou Santa Rita de Cássia, tidos como padroeiros das causas impossíveis? Há, ainda, a possibilidade da mãe de alguns deles sofrerem um acidente na RS-122. Qual a melhor solução? Sim, porque esperar pelo DAER ou pelo governo é secar gelo. Os usuários da RS-122 esperam respostas.