FALTAM 58 DIAS?
Sim, legalmente, contratualmente, faltam apenas 58 (cinquenta e oito) dias para o encerramento dos contratos de pedágios do polo rodoviário de Caxias do Sul. Aquele pedagiozinho sem-vergonha implantado pelo governo brito (ele não constava da lei original) entre Caxias e Farroupilha – 13 km de rodovia que representam, penso, no maior fluxo de cobrança, já que a continuação da rota para Flores da Cunha ou RS 122 até a BR-116 é bem menor – vai terminar. Bem, é isso que os contratos dizem. E, como se sabe, a “mídia amiga” adora ver contratos cumpridos, basta lembrar a chuva de protestos no “Caso Ford”, quando, mesmo havendo o ex-fhc inventado um lei nova para que a Bahia pudesse dar tudo para a Ford ir para lá, visando, exclusivamente, prejudicar a imagem do governo de Olivio Dutra, ela “exigia o cumprimento dos contratos”. Mas, e no Brasil há sempre um “mas”, será que, agora, a “mídia amiga” apoiará o governo do Estado que quer cumprir os contratos? Ahãããñnn…agora o furo é mais embaixo. Sabe, né, “patrocínios”, “apoios”, etc, compram e pagam até “opiniões firmes sobre a legalidade”.
TERMINARÁ, MESMO?
Por via das dúvidas, vou torcer para que sejam encerrados, mesmo, os contratos. Não vou, porém, tirar as barbas do molho. Há coisas entre o céu e a terra que vão muito além da nossa vã filosofia, diz a velha máxima. Assim, é esperar para ver. O ex-prefeito de Farroupilha, peitudo, corajoso, com “sangue nos olhos” (como dizem os tradicionalistas), pavimentou uma via alternativa, tirando boa parte do fluxo de veículos. Claro, há pessoas que não são trouxas e se recusa a pagar R$ 14,00 para percorrer 26 km, ida e volta, entre Farroupilha e Caxias. As concessionárias, pelo que se vê, ouve e lê, não estão dispostas a entregar o “prejuízo” que estão tendo (eles querem receber uma montanha de dinheiro alegando “desequilíbrio econômico-financeiro”) tão facilmente. Querem porque querem continuar tendo esse “desequilíbrio”. Segue, pois, a contagem regressiva. Sem tirar as barbas do molho. Há mais coisas no ar do que aviões de carreira…
TERRA DE NINGUÉM
Não tenho dúvidas de que se todos os que são roubados, assaltados, têm seus bens surrupiados por arrombamentos de residências, etc, fossem registrar Boletim de Ocorrência a delegacia seria forçada a contratar uns dez funcionários. Esse tipo de delinquência cresce assustadoramente em Bento. Eles arrobam, furtam os bens e, não satisfeitos, estragam, sujam, emporcalham, danificam, enfim, violentam o estado anímico daqueles que trabalham duro para possuir, não raramente, bens triviais. O que não dá para entender é a existência de MARGINAIS, BANDIDOS, de espécie PIOR do que aqueles que arrombam residências, etc. São os RECEPTADORES. Sim, esses vermes que COMPRAM por preços ridículos bens que eles sabem muito bem valer mais, bem mais, do que pagam, são os que alimentam essa criminalidade. A polícia poderia, sim, deixar esses arrombadores de lado e caçar, implacavelmente, os bandidos piores que são os que COMPRAM os produtos de roubos. Alguém alegará que “não sabia serem furtados ou roubados” quando compram produtos a preços de bananas? Marginais, bandidos, delinquentes da pior espécie são os compradores.
INFRAÇÃO QUE NÃO DEU CERTO
Não saia da minha mente uma frase que foi dita pelo então comandante da Polícia Rodoviária sediada em Bento, o tenente-coronel Bonato. Disse ele para mim, entre um cafezinho e outro, trocando ideias: “Um acidente é uma infração de trânsito que não deu certo”. Sábias palavras! Esta semana fiquei parado em alguns locais, esquinas da cidade com ou sem semáforos e lá, na ERS-470. No cruzamento da 13 de Maio com a General Osório (onde o ex-prefeito Aido Bertuol instalou um semáforo que foi retirado tão logo o ex-prefeito Darcy Pozza assumiu, na década de 90) as infrações, GRAVÍSSIMAS, são constantes. Conversões proibidas e cruzamentos idem ocorrem a todo o momento. Vários acidentes já aconteceram ali. Não me lembro de vítimas fatais, mas, devemos esperar que existam? Hora dessas uma infração não dará certo. Tomara que a vítima não seja pessoa de minha ou de suas relações, prezado leitor.
O PIOR É QUE PENSAM ASSIM MESMO
Ouvi, há alguns dias, mais uma “celebridade” (dessas bundonas sem cérebro que recebem destaque da mídia porque há imbecis que as admiram) falando “m”, para comprovar algumas teses. Disse essa ameba: “Qual é a graça em ir para Nova Iorque, assistir um show na Broadway, se o porteiro do meu prédio também vai?” Já outra acéfala tascou: “E tomar uma sopa de cebola da Champs Èlisées Avenue, em Paris e dá de cara com um funcionário teu?” É, há um tipinho de gente que odeia ver pobre comendo, morando, viajando de avião, etc. E os “pobres” estão tendo a OUSADIA de fazer isso no Brasil. Inacreditável, não é mesmo? Para essa gentinha aí, o bolsa-família deveria ser extinto. “Que morram de fome”, pensam eles, mas não têm coragem de dizer. Usam eufemismos. A velha piada da reunião de Deus com presidentes dos EUA, Inglaterra, Japão, China, na qual os dirigentes se queixavam sobre terremotos, furacões, tsunamis em seus países, enquanto no Brasil na disso havia, ao quê Deus respondeu: “Mas, vocês viram o povinho que eu coloquei lá dentro?”. A reunião acabou ali mesmo. Pois eu estou pensando que não é uma piada, mas uma verdade axiomática.
A VOLTA DOS PARDAIS
Anuncia o governo do Estado a conclusão dos “estudos técnicos” sobre a reinstalação dos pardais nas rodovias gaúchas, depois de mais de dois anos de inatividade. Quem, como eu, transita por rodovias deve ter notado que não há um único veículo que deixe de reduzir a velocidade, atualmente, quando há pardais, MESMO DESATIVADOS. Mas, um jornal de Porto Alegre, não hesitou em manchetear que “aumentaram os acidentes onde os pardais estão desativados”. Não citaram a fonte, não citaram quem fez a “pesquisa”, não citaram quando foi feita, em que período, enfim, sem nenhum nexo ou fundamento. E, mais, não precisa ser um “expert” no assunto para perceber que há locais com pardais que em nada se justificam. Que interesses outros há por trás disso tudo?
AINDA O SAMU
Não há nenhuma surpresa no que está acontecendo com relação ao Serviço Móvel de Urgência – SAMU -, desde o início de janeiro. Desde o primeiro momento houve pronunciamentos sobre a “possível” extinção do SAMU. Nada concreto, incisivo, definitivo. E por uma razão óbvia-ululante: a extinção do SAMU só poderia acontecer depois de passar pela aprovação do Conselho Municipal de Saúde. E, depois, ainda haveria necessidade de várias outras aprovações. Um levantamento amplo, total, irrestrito das atividades do SAMU, tais como número de atendimentos da unidade Básica e da Avançada; complexidade deles; profissionais para atendimento e capacitação necessária; custo de manutenção; participação do município, Estado e União nos custos, enfim, tudo e muito mais seria necessário. E os conselheiros da saúde deveriam, ainda, consultar as entidades que representam para saber a posição delas a respeito. Como se vê, a precipitação de todos foi a motivadora de tantos desencontros de informações.
Isso tudo será levado para a reunião extraordinária do Conselho de Saúde, segunda-feira, dia 18, às 18 h, no salão da APAE. A reunião é aberta ao público.
ÚLTIMAS
Primeira: Continuam os apagões de energia elétrica no centro da cidade, notadamente. Na quarta-feira de cinzas, depois das 14h, faltou energia;
Segunda: Bancos lotados (4 dias e meio fechados), sem ar condicionado, sem luz, sistemas funcionando precariamente, lojas às escuras, enfim um horror;
Terceira: Não houve temporal, furacão, tornado, ciclone, impacto de aeronaves, granizo, nada, nada disso. Ninguém deu explicações, como sempre;
Quarta: Estão arrombando até subprefeituras. O produto dos furtos é vendido aos bandidos e marginais que os compram;
Quinta: Foram presos 659 “porcos” sociais no Rio de Janeiro. Motivo: urinaram nas ruas. Se quisermos fazer isso em Bento basta começar pela Praça Walter Galassi, ao lado do Shopping Bento;
Sexta: Aliás, essa praça já está merecendo maior atenção de parte das autoridades. Acontecem coisas ali que todos duvidam;
Sétima: Ainda com relação à urinar nas ruas, há quem não conheça sanitários e que existem públicos. Porcos, por exemplo, desconhecem;
Oitava: Imprensa da capital noticiando que com a desativação dos pardais nesses mais de dois anos, mais de 270 mil multas deixaram de ser aplicadas. Ah, bom, agora dá para entender;
Nona: Esportivo dando de relho. Depois de um mau começo, já disputa classificação contra o Novo Hamburgo amanhã. Os corneteiros guardaram o instrumento, por hora;
Décima: Campeão Chileno, Huachipato venceu o Grêmio na estréia da Libertadores. Mais uma comprovação de que NOMES não fazem time. É preciso tempo para fazer um;
Décima-primeira: O Grêmio terá um grande time. Resta saber se em tempo hábil na Libertadores. O “ruralito” deveria servir para treinamentos. Não está sendo usado para isso;
Décima-segunda: Mas, sem estresse, gremistas. Têm uns 15 times brasileiros que gostariam de ter perdido esse jogo. Pelo menos estariam na Libertadores.