Mesmo com pontos a serem melhorados, moradores destacam a união das pessoas como principal virtude no Juventude
Na zona leste de Bento Gonçalves fica o Juventude. Um bairro pequeno, com humildes residências e que se destaca por uma localização privilegiada e por uma vizinha tranquila e trabalhadora. Porém, que precisa de uma série de melhorias a serem promovidas por parte do Poder Público.
A área mais baixa do bairro está próximo as margens da BR-470. Com isso tem um fluxo intenso de moradores que se deslocam na busca de pegar a condução para o trabalho e os estudos. No local, é possível observar mato e muito lixo, como restos de obras e móveis que não foram descartados de forma correta.
Um pouco mais acima, na rua Travessa Pelotas, o pedreiro Sérgio Ilha, 56 anos, 40 anos neste bairro faz alguns apontamentos que precisam de observação da prefeitura. O primeiro, o fechamento da via que não foi feito da forma correta. “Estourou uma tubulação há quatro meses, Corsan e prefeitura fizeram o serviço e tamparam, só que ele abriu. Então, tamparam e agora está de novo desta forma perigoso”, relata.
Outras dois apontamentos abordados por Ilha tem relação com a segurança, algo recorrente em todos os bairros. “Tem um terreno que o mato está alto e com uma casa. Ele está sendo usado para consumidor drogas e se esconderem por ali. E está escuro em algumas ruas, o pessoal podia arrumar as luzes que já ajudaria”, sugere.
A segurança também foi apontada por Jovilde Ferri, 64 anos, há 30 moradora do bairro como algo a ser melhorado. “A gente sabe que é difícil, mas percebemos gente roubando e descendo correndo para se esconder ou atravessar a BR-470. Isso deixa a gente com medo, parece que estamos vivendo em uma prisão, sempre fechados”, afirma.
Embora a moradora comente a boa atuação policial no local. “Sempre que chamamos polícia vem e ajuda”, destaca.
O eletricista e soldador, Rogério Silveira, também fala sobre a segurança no bairro como ponto a ser melhorado. “Está complicada a segurança, mas já vimos uma melhora considerável com o pessoal de fora do batalhão da Força Gaúcha. Estão presentes e ajudaram bastante”, confirma.
Já com relação a infraestrutura, uma das reclamações está em um escada que liga a rua Eurico Viana com a parte mais baixa do bairro. Um local perigoso, segundo Valério Pereira Moraes, 54 anos. “Há dificuldade das pessoas para transitarem. Há criança, deficientes e idosos que passam aqui. Já foi pedido para a prefeitura, mas nada foi feito. Eles colocaram um muro de contenção e um corrimão, mas os degraus precisam ser menores. São altos e bem ruins”, observa.
Moraes ainda faz outros dois apontamentos estruturais a serem observados pelo município. “Precisaria das calçadas mais larga, mas sabemos que por falta de planejamento isso não aconteceu. Seria fundamental se fosse atendido. E o lixo, passar recolher e limpar. É uma via de mão dupla, nós como moradores e eles (prefeitura) precisam colaborar”, lembra.
Os pontos positivos do Juventude
Aos mesmo tempo que relatam aspectos a serem melhorados, os moradores também destacaram vários pontos positivos em torno do Juventude. Muitos deles vistos por quem está ali diariamente.
A localização, por exemplo, é destacada por Jovilde. “É perto do centro e eu que sou aposentada me facilita muito. Não preciso de ônibus quando vou ao médico. Tudo que precisamos comprar encontramos perto, isso é algo muito bom”, valoriza.
Para Silveira, a tranquilidade e os vizinhos são os pontos positivos. “A vizinhança que pelo tempo de convivência, isso é bom. Estamos aqui há muitos anos, nos sentimos seguros por estarmos rodeados de pessoas trabalhadoras e que querem o melhor para si e suas famílias. Estamos unidos na busca desse objetivo, sempre”, assegura.
Moraes, segue pela mesma linha do vizinho. “Nunca tive um problema em todo esse tempo que moro aqui. A vizinha é que faz sempre a diferença”, afirma.