Às 21 horas do sábado, 8 de setembro, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) irá registrar R$ 1,6 trilhão, que é o montante pago pela população brasileira desde o primeiro dia do ano na forma de impostos, taxas e contribuições para a União, os estados e os municípios.
Em 2017, o valor foi atingido 23 dias depois (dia 2/10) na comparação com 2018. “Esse avanço da arrecadação revela que o problema das finanças públicas não está do lado da receita: está do lado dos gastos. Por isso, o consumidor ? que será eleitor nos dias 7 e 28 de outubro ? precisa acompanhar de perto a aplicação dos recursos e exigir que os governos utilizem o dinheiro para melhorar os serviços públicos”, declara Marcel Solimeo, economista da ACSP.
“Esperamos que, diante dessa marca de R$ 1,6 trilhão, os candidatos ? tanto ao Executivo quanto ao Legislativo ? vejam que não há espaço para mais elevação de imposto. E que as discussões foquem no equacionamento do gasto público e na implantação das reformas necessárias, especialmente a da Previdência”, diz Solimeo.
Por fim, ele explica que o aumento arrecadatório em 2018 reflete a recuperação da economia, mesmo que esteja fraca, e o maior faturamento com itens altamente tributáveis, como energia e veículos. “A inflação também contribuiu para o resultado, embora não esteja tão elevada”.
Até esta quinta-feira, 6 de setembro, Bento Gonçalves já havia pago mais de R$ 70, 7 milhões em impostos. No mesmo período do ano passado, o valor chegou a R$ 64,4 milhões, o que representa um aumento de R$ 6,3 milhões pagos pela população.