Até o sábado, 25, oito entidades locais estarão expondo seus trabalhos junto a jovens e adultos no Shopping Bento

Desde a tarde de terça-feira, 21, até o sábado, 25, Bento Gonçalves promove 6ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência. O evento conta com diversas atividades que visam apresentar e promover as ações realizadas no município e o debate em torno do tema.

A abertura das atividades ocorreu na tarde de ontem, 21, no Shopping Bento Gonçalves, e contou com a presença de vários secretários da administração pública, além das oito entidades assistenciais as quais tinham alguns de seus trabalhos expostos ao público no centro do local.

Logo depois, meninas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), realizaram uma breve apresentação que envolvia dança com elementos da ginástica rítmica, em trabalho desenvolvido pela professora Jaqueline Dalmás.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comudef) Bruno Soares, destacou a importância das atividades ao longo da semana. “Queremos chamar a atenção para essa parcela da sociedade bento-gonçalvenses com deficiência por sentirmos que as demais pessoas ainda se assustam ao saberem quantas pessoas fazem parte deste grupo e o número de entidades que as atendem. Por isso, esse tipo de exposição que estamos promovendo se torna fundamental e insere todos dentro da sociedade”, diz.

De acordo com o último Censo do IBGE, em Bento Gonçalves, o número de pessoas com alguma deficiência é de 25 mil. Porém, segundo Soares, dentro do que é considerada deficiência severa e que recebe algum tipo de auxílio por parte do governo são cinco mil.

Um dos destaques da programação será na quinta-feira, 23, das 10h às 14h, também no Shopping Bento Gonçalves, com a presença de uma empresa que estará expondo os trabalhos desenvolvidos especialmente para as pessoas com deficiência. No sábado haverá o fechamento da programação com mateada na Rua Coberta, que contará com novas exposições e apresentações artísticas.

Inclusão é fundamental

Para a mãe de uma das crianças que frequenta a Adef, Lucivani Ferrari Almeida, muitos ainda são alvo de preconceito. “Iniciativas como essa semana mostram que nossas crianças existem, que não são diferentes de ninguém. Elas sofrem muito preconceito por terem essa deficiência, isso precisa acabar”, afirma.
A psicológa Francine Omizzolo, também ressalta a importância das iniciativas serem divulgadas. “É importante que essas pessoas sejam incluídas na sociedade e não separadas. Essas crianças e pessoas com defiência não merecem estar escondidas”, diz.