Turma: foi bom demais!
A Festa de Santo Antônio tem uma tradição especial: o jantar do scodeguin. É tudo muito simples: polenta, fortaia, salada verde, tomate com cebola, pão e laranja.
Todas as mesas ocupadas, numeradas e três bufês com comida. Cada mesa é sorteada para que as pessoas se sirvam num dos bufês. Alguém de nossa mesa era o pé frio da festa pois fomos a penúltima a ser chamada. Mesmo assim tinha comida e repeteco.
O scodegin foi especialmente feito pela AINDA e ao Mauro Gasperin, que estava na festa, só elogios. Comi uns quatro e passei muito bem.
Interessante o sistema de bebidas pois refri e vinho eram gratuitos. Quando uma garrafa estava vazia era só deitar o casco na mesa e logo era substituída por outra cheia.
Já havíamos tomado umas quatro garrafas de Clos de Nobles da Aurora e a última garrafa vazia estava deitada na mesa. Foi então que o garçon informou que daquela para frente o vinho seria pago. Foi prá já, um dos que estavam na mesa foi rápido:
– “Alora manhemo sol que naranja!” (vamos comer só laranja). O vinho apareceu em seguida e obrigado para quem pagou.
A festa nos leva ao tempo da Dona Pina, cozinheira que por muitos anos comandou os bastidores do salão de festas.
A sopa, o pien e a massa ainda estão na recordação dos que participavam da festa de Santo Antônio. Lembro que o queijo fazia a concha grudar no fundo da sopeira. Carne lessa com kren era de lamber os bigodes.
No final havia o leilão de pudins, tortas e outros doces.
Haviam poucos restaurantes e a festa era um motivo para reunir o povo. Hoje, mesmo com muitos, variados e bons restaurantes, a festa de Santo Antônio tem casa cheia.
Nos próximos dias vai ter o almoço da festa de Cristo Rei. Vou lá conferir. Aliás, tenho ido em tanta festa, almoços e jantares que a balança já acendeu a luz vermelha. Melhor moderar que logo vai marcar os cem quilos.
Não importa. Scodeguin com polenta é bom demais.