Além de trabalhar com ovos de colher, Hilda faz doces para festas em Bento e outras cidades
Amor e vocação. Estes são alguns dos motivos que levam as pessoas a empreender. Com a doceira, Hilda Josefina Pegoralo Pastorello, 54 anos, não foi diferente. Ela se descobriu doceira há mais de duas décadas, ao trabalhar em supermercado, no setor de padaria. De lá para cá, começou a por em prática as receitas em casa, com a família e amigos. O sucesso ao conduzir as panelas e misturar ingredientes fizeram com que as pessoas próximas pedissem para que ela “largasse tudo para trabalhar por conta”, disse Hilda.
A doceira relembra que o início não foi fácil, mas com o passar do tempo “a demanda cresceu pouco a pouco. Eu comecei reproduzindo o que já fazia, depois passei a ser criativa, inovar. Hoje eu invento tudo, das misturas, às decorações. Isso é um diferencial”, recorda a empreendora.
Do desenvolvimento dos doces até a fidelização da marca em Bento Gonçalves, Hilda disse prezar pela qualidade dos produtos, a começar pela seleção dos ingredientes. “Eu sou muito exigente, por isso trabalho sozinha. Prezo sempre pelo melhor. O produto tem que ser bom para mim, para depois eu oferecer para o cliente”, ressalta.
Para poder se organizar com os pedidos, ela conta que o segredo é o planejamento. “Acordo cedo. Levanto por volta das 5h30min e vou dormir tarde, depois de todo mundo. Me programo, tenho tudo organizado, anotado”. ela complementa, revelando que em períodos de alta procura, como Páscoa e finais de ano, os filhos, Daiane, 27, Ana Paula, 24, Nícolas, 22, e o marido Sérgio Pastorello, 58, ajudam na produção.
Ainda sobre organização, Hilda orienta a quem se interessar em empreende em casa que faça diferenciações dos espaços de lar e trabalho. “Tem que ter um local, saber dividir o que é casa o que é trabalho”, destaca.
A confeiteira, de mão cheia e sorriso farto, revela que seus produtos deverão ganhar em breve o selo de qualidade da prefeitura de Bento. Além do reconhecimento municipal, ela afirma ter o carinho dos clientes, que rendem em média , “de de 3 a 4 mil doces para festas por semana. Tenho encomendas de fora, como Porto Alegre e Caxias”, afirma.
Neste mês, em virtude da Páscoa, ela conta que se somando as encomendas de festas de aniversários, teve mais 120 ovos de colher, nas opções de 350, 500 e 600 gramas, aos custo de 50, 55 e 60 reais. Questionada sobre o ingrediente secreto, ela brinca: “tudo que se faz com carinho e amor fica bom”.
Sobre renda, Hilda revela que entre os custos de produção e o retorno líquido, ela consegue “80% de lucro”. Para chegar a este número, a empreendora disse que teve que se atualizar. “Antes recebia os pedidos por telefone, apenas por indicação, hoje temos página nas redes sociais e site. Buscamos dar esse atendimento diferenciado também”, enaltece.
Para quem está iniciando, Hilda dá dicas, “tenha bons produto e higiene. Mantenha a qualidade e sempre procurar subir, elevar, não perder isso”.
Sobre as realizações alcançadas com o seu trabalho, Hilda Josefina, afirma ter “conquistado tudo o que sonhei. A mais marcante, foi comemorar em Natal-RN meus 25 anos de casada”. Ela ainda complementa, “agora irei ver meus três filhos formados”, disse.