Trabalhadores lutavam pela manutenção do plano de saúde
Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, na segunda-feira, 12, que os empregados dos Correios e seus dependentes deverão pagar mensalidade para manter os planos de saúde. Esta era a principal reivindicação da categoria, que mobilizou nos dias, 11 e 12, paralisações nacionais. A classe já atua normalmente em todo o país.
Com o parecer negativo aos interesses dos funcionários, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) lançou nota classificando a decisão do TST como um “verdadeiro ataque aos direitos dos trabalhadores”. O documento ainda destaca que o veredito está “rasgando até mesmo a jurisdição da casa e agredindo um direito histórico da categoria. Desde o início da audiência, um processo quase orquestrado colocou em jogo a vida de quase 400 mil pessoas que, atualmente, são assistidas pela Postal Saúde”, disse a Fentect.
A principal mudança ao trabalhador é a introdução da cobrança de mensalidade a eles e seus dependentes, conforme faixas etária e remuneratória. Até então, os empregados e familiares que tinha o beneficio pagavam apenas um percentual por consulta ou exame, de acordo com uma tabela remuneratória do plano.
Os correios, também por meio de um comunicado oficial, em seu site, afirma reconhecer o direito de greve, mas compreende o movimento atual como “injustificado e ilegal, pois não houve descumprimento do acordo coletivo de trabalho da categoria”, ressalta a instituição.
De acordo com a empresa, “hoje os custos com o plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, ou R$1,8 bilhão por ano”, observa.