“Descobre tuas origens… vivique tuas raízes… cada um de nós pode ser o farol da civilização e estimular o progresso do mundo. (João Paulo II, em Santiago de Compostela).
A história e a cultura da imigração se expressaram e ficam registradas em formas de falar, de sentir, de comportar, de trabalhar, de viver em uma civilização singular que ultrapassam fronteiras da região colonial e fecundaram no Estado do Rio Grande do Sul.
A maioria dos imigrantes que chegaram ao sul do Brasil, partiram do Porto de Gênova. A trevessia, que durava mais de um mês, era feita em navios sobrecarregados. As doenças eram frequentes e a mortalidade elevada.
Na Itália eram “contadini”, trabalhadores da terra e pobres que partiam rumo à América, fugindo da fome, da miséria, dos baixos salários, do alto aluguel da terra. Os camponeses foram expulsos da terra. A indústria mostrou-se incapaz de absorver a mão de obra disponível. Assim, os italianos pobres foram obrigados a buscar em outros países as condições de vida que sua pátria lhe negava.
Ao chegarem no Rio de Janeiro eram alojados na Casa dos Imigrantes, após tranportados em vapores para Porto Alegre, numa viagem de dez ou mais dias. Na capital os alojamentos eram prédios precarios e eles dormiam nas ruas e praças próximas. De Porto Alegre, seguiam em pequenas embarcações para São João do Monte Negro (hoje Montenegro).
A viagem do porto de Montenegro à Serra era feita em dois ou três dias, a pé, no lombo dos animais, através de trilhas abertas na mata virgem. Ao chegarem às Colônias, os imigrantes em sua maioria eram alojados em barracões e depois enviados para os lotes rurais.
A imigração italiana para o Rio Grande do Sul foi iniciativa do Governo Imperial Brasileiro. O movimento tinha como objetivo “importar mão de obra” europeia e vender as terras devolutas do Império, visando aumentar a população e principalmente produzir alimentos.
A passagem da Europa ao Rio Grande do Sul era financiada pelas autoridades brasileiras. Porém os lotes rurais e todos os subsídios: ferramentas, sementes, alimentos, etc. deveriam ser pagos no prazo de cinco a dez anos.
O Estado do Rio Grande do Sul, de 1875 a 1914, recebeu 80 mil imigrantes, provenientes do Vêneto, Lombardia e do Tirol, atraídos ao novo mundo pelo sonho da terra.
“HOJE SOMOS RECONHECIDOS COMO UM LUGAR BOM PARA SE VIVER, COM QUALIDADE DE VIDA E PELO VALOR DA NOSSA CULTURA. GRAÇAS AOS QUE SOUBERAM ACREDITAR, TRABALHAR E CONSEGUIR…”