Parece nome de brincadeira de criança ou de novela. Nada disso! É o que acontece com a gloriosa Brigada Militar e a dedicada Polícia Civil: pega o ladrão e tornam a pegar. Parece brincadeira mas é um pega, solta e pega que resulta em impunidade para o bandido.
– “Nóis pode roba que ninguém fica preso!” diz o ladrãozinho.
Já são três décadas da Constituição do Brasil e a impunidade criou uma geração de pessoas que se sente em absoluta liberdade para tolher a liberdade dos outros. O pior é que “ministros” do judiciário tiram da cadeia quem a própria justiça condenou. Difícil de engolir.
Em Lugano, na Suíça, o tempo para prender um ladrão era de dez minutos. Eles fechavam a fronteira com a Itália e encontravam o bandido. Em Punta del Este, Uruguai, assaltaram o Hotel Conrad, agora em fevereiro, e em três horas já sabiam quem estava levando as jóias para o aeroporto. Aguardaram e prenderam quase toda a quadrilha. Na Suíça e no Uruguai estes ladrões só cometem um único crime e a cadeia passa a ser residência permanente.
Aqui em Bento, alguns ladrões já foram presos tantas vezes que vítimas tem medo de denunciar pois podem ser alvos da vingança. Uma vítima teve que identificar os meliantes cara a cara e já no dia seguinte encontrou seus assaltantes na rua.
Para obter o porte de arma um cidadão brasileiro faz teste de tiro, exame psicológico, entrevistas, gasta uns cinco mil reais e tem o direito de portar sua arma de defesa. São anos de espera.
No assalto do carro forte, onde os ladrões foram presos aqui em Bento Gonçalves, a arma dos assaltantes era uma metralhadora de guerra de grosso calibre que, parece, conseguiram alugar por trinta mil reais. Enfrentaram um carro forte. Lógico: não tinham porte.
Quando o bandido sabe que o cidadão anda desarmado ele não tem medo de assaltar e até mata; quando tem certeza de que, se preso, logo voltará as ruas para cometer novos crimes; quando as imprensa enche o noticiário de crimes e desordem, fico com medo de um Brasil cuja Constituição não protege o cidadão honesto.
– “A gente temo cansado!” Com este tipo de linguagem, a dos bandidos, quem sabe alguém nos entenda. SOCORROOOOO!