A difícil busca pelo submarino argentino “ARA San Juan”, perdido no Atlântico Sul, continuava nesta segunda-feira, 27, com o rastreamento realizado por uma coalizão internacional em um ambiente “extremo e adverso”.
A busca do submarino e de seus 44 tripulantes se concentrava em um raio de 36 quilômetros dentro da área geral de rastreamento no Atlântico Sul, a cerca de 450 quilômetros da costa da Patagônia.
As condições meteorológicas eram “regulares” nesta segunda-feira, mas poderiam se complicar com o passar das horas, segundo a Armada. Quatorze países participam da operação, mas os que contam com “tecnologia e meios modernos mais adequados são Estados Unidos e Rússia, como um legado do desenvolvimento na Guerra Fria”, indica o engenheiro naval e especialista em submarinos Horacio Tettamanti.
Dois aviões americanos, equipados com câmeras e escaneadores, realizam as operações de busca durante as 24 horas do dia com três equipes.
Estas aeronaves também lançam boias com sensores para tentar detectar o submarino em profundidade, comprovou um cinegrafista da AFP a bordo da missão.
No domingo, 26, um minissubmarino de resgate levado ao país pela Marinha dos Estados Unidos zarpou do porto de Comodoro Rivadavia, a 1.750 quilômetros ao sul de Buenos Aires, a bordo de um navio civil de bandeira norueguesa.
A cápsula chegou nesta segunda à área de busca pronta para submergir a até 610 metros de profundidade e se acoplar ao “ARA San Juan”, caso seja encontrado, para realizar o eventual resgate.
Outro minissubmarino, de origem russa e equipado para escanear o fundo do mar, será levado à área de busca nos próximos dias.
A Armada considera que os marinheiros ainda podem estar “em condições de sobrevivência extrema”.