A grande quantidade de novos empreendimentos em Bento Gonçalves é notável. De acordo com a Prefeitura Municipal, só no terceiro trimestre desse ano foram 305 novas empresas, totalizando, desde o início do ano mais de 700 novos estabelecimentos, um crescimento de mais de 6%, em relação ao ano passado. A combinação de fatores como o posicionamento geográfico, indústria forte e mão de obra qualificada fez a Capital do Vinho avançar para a 25ª posição no ranking das melhores cidades para investir em negócios no Brasil. A lista, divulgada anualmente pela revista Exame, aponta ainda que no estado, o município é o terceiro melhor lugar para empreender, ficando atrás apenas de Porto Alegre (1º) e Santa Cruz do Sul (2º).
Desde 2014, a empresa de consultoria Urban Systems elabora, a pedido da revista, um ranking dos 100 municípios brasileiros que reúnem as condições mais favoráveis para a instalação de empresas. Entram nesse estudo, as cidades com mais de 100 mil habitantes. De todos os locais pesquisados, a liderança do ranking ficou com a cidade de São Paulo. Entre os municípios do Rio Grande do Sul, Bento ficou atrás apenas de Porto Alegre e Santa Cruz do Sul. A Capital gaúcha aparece como terceira cidade mais favorável aos negócios no País. Bento Gonçalves, por sua vez, subiu de 85º para 25º colocado e é o terceiro melhor município gaúcho no ranking. Além destes, Passo Fundo (30º), Santa Maria (35º) e Caxias do Sul (44º), integram a lista.
Conforme o prefeito Guilherme Pasin, a boa colocação da cidade é resultado da estabilidade e boa gestão, além dos altos investimentos do Poder Público para garantir a qualidade de vida aos cidadãos. “Leis municipais de incentivo ao empreendedorismo que proporcionam geração de emprego e renda”, aponta. Localização geográfica privilegiada, mão de obra qualificada e boa infraestrutura também são citadas por Pasin. “Alta qualificação de mão de obra e importantes índices de desenvolvimento social, fazem de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, um polo de desenvolvimento e atração para novos negócios”, afirma.
Entenda o cálculo
De acordo com a empresa de consultoria Urban Systems, são analisados 28 indicadores sociodemográficos, econômicos, além de fatores como saúde, educação, transporte, infraestrutura e finanças das cidades. Cada indicador tem um peso conforme sua importância e atualidade, totalizando até 27 pontos.
Dentro de cada tópico, são avaliados também questões como o crescimento da população, depósitos em poupança, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, diversidade econômica, aumento nos empregos formais, quantidade de leitos por habitantes, despesas com saúde, percentual de professores do ensino fundamental com ensino superior, quantidade de agências bancárias, crescimento da frota, linhas rodoviárias, percentual de conexões de internet banda larga e índices de perdas na distribuição de água.