Você já ouviu falar no benzeno? Provavelmente não, ou, talvez, de maneira bastante superficial, não é mesmo? Pois bem. Este nome refere-se a uma substância química, derivada do petróleo, presente em vários produtos que cercam o nosso cotidiano, como a fumaça dos motores de carros, a fumaça dos cigarros, os detergentes, os antissépticos bucais e os refrigerantes. Nos dois primeiros casos, o benzeno é o resultado da queima, já nos três últimos, faz parte da composição destes produtos, E o que poucos sabem é que este componente pode provocar uma série de danos à saúde.

Quando ingerimos o benzeno, ele entra em contato com a nossa corrente sanguínea e logo é metabolizado, sendo armazenado, muitas vezes, na medula óssea e no tecido adiposo. Em seguida, o benzeno é convertido em produtos chamados metabólitos, que causam vários efeitos nocivos em nosso organismo. Estes efeitos variam conforme a quantidade de benzeno ingerido e o tipo de exposição.

Para se ter uma ideia, pesquisas já comprovaram que o benzeno tem relação com vários tipos de câncer, como do pâncreas, da boca, da mama, da próstata, do fígado, do intestino colorretal, leucemias, linfomas, entre outros. Já foi constatado também que uma breve exposição (5-10 minutos) a níveis muito altos de benzeno no ar pode resultar em morte. Um contato com níveis mais baixos pode causar sonolência, tonturas. batimentos cardíacos acelerados, dor de cabeça, tremores, confusão e inconsciência. Nas mulheres, há ainda outro agravante: a exposição ao benzeno pode afetar os órgãos reprodutivos, causando a diminuição dos ovários e problemas na gestação.

O que preocupa é que nós temos contato direto com o benzeno quase que frequentemente. Para as donas-de-casa, por exemplo, que utilizam os detergentes, o alerta é ainda maior, pois há um contato diário. Quando absorvido pela pele, há um risco muito grande de problemas mais graves de saúde. Estudiosos demonstraram que existe uma estreita relação entre o contato com este produto e a fibromialgia, as infecções fúngicas, o câncer e a queda do sistema imunológico. Quando lavamos uma louça com detergente e não enxaguamos e secamos direito, ao reutilizá-la, podemos, até mesmo, ingerir alguma partícula de detergente e, em consequência estaremos ingerindo o benzeno.

Já observou o alerta que contém no rótulo? Lá informa que o consumidor deve conservar o produto fora do alcance de crianças e de animais domésticos. Também está escrito para não ingerir o produto, evitar a inalação, a aspiração e o contato com os olhos.

No caso dos antissépticos bucais, além do benzeno que contém em sua composição. o álcool também é outro componente que potencializa o câncer de boca. Quanto aos refrigerantes, uma pesquisa realizada em 2009 pela PROTESTE, da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, constatou que, de 24 marcas e tipos da bebida, sete continham dose elevadas de benzeno. Ele aparece através de uma reação do ácido benzoico com a vitamina C. Para os fumantes, um alerta ainda maior: a exposição ao benzeno é dez vezes mais intensa que a de não fumantes.

Fica, portanto, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que prega que, como não há um limite para a exposição ao benzeno, o ideal é não consumi-lo em dose nenhuma. Quanto mais se evitar o contato com a substância, maior a prevenção contra o câncer e outros problemas que este inimigo da saúde pode causar!

Fonte: institutomor.com.br