A sessão da próxima segunda-feira, 28, na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves deverá ser marcada por debates acirrados, quanto aos projetos enviados pelo prefeito Guilherme Pasin, considerados polêmicos por parlamentares. A proposta, em regime de urgência, que autoriza o município a vender imóveis é um deles e pegou os vereadores de surpresa. Até o momento, a maioria se diz indecisa quanto ao seu posicionamento, mas reprova a postura do Executivo por não especificar valores, falta de diálogo e pelo excessivo envio de matérias em regime de urgência ao Legislativo.
Conforme o regimento interno da Casa, os projetos a serem votados na ordem do dia podem ser 26protocolados até dez horas antes da realização da sessão. No entanto, segundo os vereadores, muitos deles precisam de maior tempo para ser analisados. É o caso da matéria que trata da venda de bens imóveis do município. Dos 16 parlamentares aptos a votar, nove questionaram o regime de urgência imposto sobre a moção. Os parlamentares questionam a forma como o projeto chegou à Câmara e a maioria critica a falta de transparência, em virtude da ausência de valores dos terrenos alienados e onde os recursos recolhidos serão aplicados.
Outro apontamento feito por alguns vereadores é “a falta de diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo”. Eles consideram que “o Governo Municipal peca pela falta de transparência em algumas matérias encaminhadas para votação”. Alguns parlamentares da bancada governista avaliam como “perigosa a aprovação de projetos sem o debate e diálogo entre os poderes e a sociedade”.