Parece que agora vai. Após quase dois anos sendo deteriorado pelo tempo, o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Botafogo volta a receber operários para a conclusão de sua obra. O contrato prevê 120 dias para que tudo esteja pronto, porém, há muita coisa a fazer por lá.

Antes que qualquer reparo seja feito, é preciso que se descubra o caminho das várias infiltrações que afetam a estrutura da unidade de saúde. Elas já são familiares de quem acompanha a construção da UPA. É quase inadmissível que a empresa que iniciou os trabalhos não tenha sido responsabilizada por tamanho descaso. Os mais de R$ 800 mil que serão necessários para recuperar a estrutura poderiam ser investidos na compra de equipamentos e na melhoria da infraestrutura. Estamos, no mínimo, 21 meses atrasado.

Neste tempo perdido, o poder público poderia ter inaugurado a obra e estar realizando atendimentos. Pacientes de Bento e região estariam bem acomodados nos leitos da unidades de internação. Pensando em uma organização que funciona, teríamos o PA 24 Horas do bairro São Roque com atendimento pleno e estaríamos aqui cobrando as obras de reforma do prédio do antigo hospital Walter Galassi que hoje, infelizmente, ainda serve de PA 24 Horas, apesar das condições defasadas de sua estrutura.

Este tempo perdido não será recuperado. Temos agora é que torcer para que em outubro deste ano nossa UPA finalmente seja inaugurada. Tomara que a empresa responsável pela obra consiga terminar seu trabalho de forma hábil. Precisamos desta unidade para melhorar a qualidade de atendimento, para que tenhamos redução do tempo de espera nas filas e também mais qualidade nos equipamentos e material utilizado.

A abertura da UPA vai trazer muitas melhorias para o nosso município. Temos é que trabalhar todos para o mesmo lado em busca do desenvolvimento de nossa saúde. Chega de apontarmos os defeitos e apenas vermos o lado ruim das coisas. Nossa Bento Gonçalves está precisando de uma injeção de energias positivas. Afinal, o negativismo tomou conta de nossa comunidade.

É preciso acreditar que as coisas vão acontecer nesta cidade. Um município que tem a nossa economia, que tem a nossa qualidade de vida, não pode ser tão ruim assim, não é mesmo? Até por que, se tudo está tão ruim, como é que ainda tem tanta gente morando na Capital do Vinho e fazendo questão de se mudar para cá? Respostas positivas, minha gente. Precisamos virar a tecla para o lado do otimismo