A Dra. Gerda, esposa do mano Ercílio, para mostrar sua arte culinária e conhecimentos da etiqueta, reuniu-nos em sua residência em Porto Alegre. Éramos cinco irmãos ao redor da mesa, elogiando a zelosa cunhada, todos com uma baita fome.
Tudo arrumadinho: talheres de prata, copos de cristal e fina porcelana. Muito interessante as taças que continham pétalas de rosas. Sem esperar a presença da cunhada, que na cozinha preparava as iguarias, experimentamos todas as pétalas das flores e acabamos por tomar também a água.
Quando chegaram os elaborados pratos o único copo com pétalas e água que restava era o da Gerda. Delicadamente ela lavava os dedos no seu copo com água e perfumadas pétalas de flores após retirar algum espinho de peixe que estava servido.
Quase morri de vergonha, mas aprendi a lição.
Ela foi enfática: – “Não sabendo usar, esperem pela dona da casa”.
Estas gafes são muito comuns quando nos deparamos com novidades. O melhor é sempre observar ou pedir informação.
No restaurante de comida japonesa a Genice abocanhou todo o verdinho que estava ao lado das fatias de peixe cru acreditando ser um tipo de legume. Era Wasabi, pimenta da braba. Aguentou.
No avião distribuíram um paninho quente para a higiene das mãos. Meu vizinho de banco, após olhar a toalhinha, chupou a toalha nos dois lados e a colocou de volta. Nem pude rir ou ensinar para evitar constrangimento. E a toalha estava quente, saindo vapor.
O Vadis, que ganhou sua primeira viagem aérea de Belo Horizonte para Porto Alegre não comeu no avião por achar que era muito caro (na época serviam refeição a bordo). Reclamando, chegou com fome e foi informado: -“É grátis. Está tudo incluso”. Na volta, o assento ao seu lado estava vazio. Lascou para a aeromoça: – “Me traz a boia do rapaz que não veio que vou comer as duas”.
Gente! É melhor se informar. Tem muita coisa nova aparecendo por aí e ninguém sabe de tudo.