Estava na sala de espera da Delegacia de Polícia, registrando uma ocorrência, quando um dos policiais de plantão, o Vadinho, comentou sobre a importância do plátano e a fama da parreira.
Muito interessante a abordagem pois aqui no município de Bento, o plátano é usado para segurar os fios que sustentam os parreirais.
Com o passar do tempo, o plátano envolve totalmente os fios de arame que sustentam a parreira, fato curioso comentado pelos guias turísticos que encanta os visitantes de nossa Região.
Outra particularidade do plátano é que consegue unir os galhos de um com os galhos de outro plátano formando uma “avenida de mãos dadas”. Não é difícil de fazer e é uma curiosidade.
Nos primeiros dias do outono, que já chegou, os plátanos emprestam um colorido todo especial para nossas paisagens. É só neste período do ano que eles tem mais fama do que as parreiras.
No comentário, o policial fez uma analogia sobre pai e filha, pois lá estávamos com a Raquel:
– “O exemplo está aqui, presente: para ter uma filha assim foi necessário ter o plátano”, enquanto apontava para nós.
Fiquei lisonjeado e pensativo (decidi escrever).
Independente do comentário do Policial Vadinho, observei a atitude exemplar dos servidores públicos em relação aos cidadãos que procuravam a delegacia. Houve um policial que chegou no balcão e, proativo, perguntou para os outros dois colegas:
– “Precisam de ajuda?” …e passou a atender o público.
Ao lado da sala de espera havia um cartaz: BANHEIRO PÚBLICO. A idade me obriga a nunca recusar uma “oferta” pois a necessidade não escolhe a hora e nem o lugar. É melhor prevenir.
Fui e constatei: se conhece o lugar pelo cheiro. Estava muito limpo, sem odor e com outro cartaz: ENCONTROU LIMPO, DEIXE LIMPO.
É isso mesmo: só é necessário limpar se alguém suja.
Assim é com o crime: se todos cumprissem a Lei…. TUDO estaria tranquilo. Plantemos mais “PLÁTANOS” para garantir bons vinhos!